Bispo sírio afirma-se confiante em Barack Obama

Na manhã de 25 de Janeiro, em conferência de imprensa realizada na Casa de Nossa Senhora das Dores, no Santuário de Fátima, D. Antoine Audo, Bispo de Alepo para os Caldeus, Síria, que presidiu à Eucaristia da celebração nacional do Ano Paulino, falou aos jornalistas das dificuldades e perseguições aos cristãos, em especial os do rito caldeu, no Iraque. D. Audo falou de uma grande movimentação de cristãos dentro do Iraque, de famílias que se deslocam para o norte do país, sobretudo para o Curdistão, e também para a Síria, e denunciou que “há um discurso nos ´media´ muçulmanos, nas mesquitas, nas escolas” de que o Islão está no “início da conquista da Europa”. O prelado quis no entanto deixar uma mensagem de esperança no futuro, por acreditar que o novo presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, poderá encontrar uma solução para os problemas do Iraque. “Espero que (com) a mudança do Presidente nos Estados Unidos da América possamos ter um tempo de paz e de segurança”, disse. Relativamente ao seu próprio país, a Síria, o bispo de Alep caracteriza-o como “relativamente calmo” no que toca às relações entre muçulmanos e cristãos, com relações de respeito mútuo. A Síria é um país “moderado, onde os cristãos vivem com dignidade e são muito respeitados”, essencialmente por duas razões: por os cristãos serem pessoas competentes nas profissões que desempenham e por serem pessoas de confiança. Ainda assim, apesar do diálogo existente entre muçulmanos e cristãos, no dia-a-dia, na vida e no trabalho, e de haverem momentos pontuais de contactos directos entre os diferentes líderes – “momentos fortes, simbólicos” neste desejo de construção da paz – , falta ainda, considera D. Antoine Audo, o “diálogo oficial a nível teológico”.

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