Bispos dos EUA e Europa em visita à Terra Santa

As Conferências Episcopais dos Estados Unidos e da Europa estão em visita à Terra Santa. Uma deslocação habitual que ganha um novo significado perante o conflito entre israelitas e palestinianos. Até ao dia 15, os bispos europeus e americanos vão permanecer na Terra Santa para um programa que prevê encontros com o núncio apostólico em Israel e delegado apostólico em Jerusalém e Palestina, D. António Franco, com o patriarca latino de Jerusalém, D. Fouad Twal, e com os líderes religiosos das denominações cristãs presentes na Terra Santa. Na agenda estão ainda previstas uma visita ao presidente israelita Shimon Peres e ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Abu Mazen. No final da visita, está prevista a divulgação de um comunicado. A delegação episcopal é composta por bispos do Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Suíça e Estados Unidos, acompanhados por representantes do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) e da Comissão dos Episcopados da União Europeia (COMECE). Antes da partida para a Terra Santa, o arcebispo de Liverpool, Inglaterra, D. Patrick Altham Kelly, que chefia a delegação, renovou o apelo para “o fim imediato da violência em Gaza”. “O conflito tem raízes profundas, mas é preciso trabalhar para pôr termo às acções que impedem a chegada de ajudas humanitárias”. O Arcebispo considerou o conflito em Gaza como um dos mais dramáticos. “Creio que justamente por ser uma situação tão inquietante, seja ainda mais importante que alguns de nós, de outras partes do mundo, venham acompanhar e assistir os próprios irmãos na Terra Santa”. “É urgente uma liderança sábia e corajosa que possa alcançar a paz e relegar a violência ao passado. A injustiça não pode calar a reconciliação. Este é o objectivo da nossa visita à Terra Santa”. “As palavras dos líderes religiosos “para aliviar as consequências da violência são sempre importantes. Não será politicamente ou exercitando o poder que os líderes religiosos poderão desempenhar um papel importante, mas criando um tipo de contacto diferente entre as partes envolvidas. Acredito que uma palavra perdão será central, como acontece em todos os conflitos”. O bispo auxiliar de Birmingham, Inglaterra, compartilha as afirmações do presidente do Conselho Pontifício da Justiça e da Paz, o Cardeal Renato Raffaele Martino, e afirma que “Gaza e Belém são duas prisões ao ar livre entre as maiores do mundo”. Redacção/Rádio Vaticano

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