Gaza: Centro clínico da Caritas destruído

A clínica da Caritas, em Gaza, foi destruída pelo bombardeamento israelita. Na mesma ocasião, quatro habitações foram igualmente destruídas e outras 20 gravemente danificadas. As várias famílias locais tinham já sido alojadas em escolas do distrito e “ninguém ficou ferido pelo bombardeamento”, manifesta um comunicado da Caritas Internacional. Permanecem cinco pontos médicos da Caritas em Gaza. A Caritas Internacional lançou o apelo humanitário para responder à crise em Gaza. O pároco de Gaza fala de uma crise profunda, mas também “desumana e criminosa”. Dos 884 mortos confirmados, registam-se, pelo menos 275 crianças, 93 mulheres e 12 profissionais de saúde mortos. O fornecimento de medicamentos, alimentos e cobertores encontram-se em quantidades críticas uma vez que os corredores humanitários são de difícil acesso. A Caritas de Jerusalém lançou um apelo para conseguir prestar assistência médica nos centros clínicos, no Hospital de Gaza através da clínica móvel, mas sente também dificuldades para responder às necessidades de alimentos, kits de higiene, apoio financeiro, cobertores para as pessoas afectadas pela crise. Para um programa de sete meses, a Caritas de Jerusalém precisa de 1,539,174 euros. O Frei Manuel Musallam, pároco em Gaza, afirmou reinar o medo. “As bombas israelitas estão a cair entre as pessoas e entre as suas casas. Noite e dia, ouve-se o som de crianças a chorar. As pessoas não dormem, perderam tudo”. Cerca de 70 mil pessoas estão a viver nas escolas “com muito frio. Os que ainda não estão nas escolas, vivem me casas de banho ou escadas porque têm medo de ser feridas pelo estilhaçar dos vidros. Não há água. Estamos quase sem combustível para o nosso gerador que está a servir para as pessoas cozinharem. Quando a gasolina terminar , não teremos nada”. “As agressões israelitas fizeram as pessoas viver como animais e as nossas escolas parecem o zoo”. O pároco conta ainda que os corpos das vítimas permanecem nas estradas. As clínicas fazem operações no chão. As mulheres não têm lugar para dar à luz. Uma mulher grávida foi alvejada no seu caminho para a clínica para dar à luz. Tentaram ainda salvar a criança mas já estava morta. A vida e a morte para as pessoas em Gaza é igual”.

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