O Patriarcado católico de Jerusalém condenou hoje todas as formas de terrorismo, num documento que trata da presença da Igreja na Terra Santa difundido pela Comissão teológica diocesana. “Condenamos o terrorismo por ser um meio ilógico, irracional e inaceitável para resolver o conflito”, lê-se na mensagem. O actual clima de violência, que não distingue israelitas ou palestinianos, dever ser superado, de acordo com os responsáveis católicos de Jerusalém, “com actos concretos de paz que nasçam do apelo divino a uma não-violência activa e criativa”. As opções políticas do Estado de Israel são uma das causas apontadas pelos católicos para a dificuldade no diálogo com o povo hebraico, considerado “irmão” por causa das raízes comuns da Fé no Antigo Testamento. “Como Igreja somos testemunhas da contínua ocupação militar dos territórios israelitas e da violência sanguinária dos dois povos. As decisões do Estado Israelita devem ser, por isso, consideradas numa perspectiva dos princípios comuns à lei internacional e não religiosa”, afirmam. Em relação à convivência com os muçulmanos, a Igreja Católica na região adverte para o risco da “islamização” de algumas facções políticas que ameaçam não só os cristãos como alguns fiéis do Islão que aspiram a uma sociedade mais aberta. “Entre hebreus e muçulmanos a nossa vocação como Igreja é promover a reconciliação, o diálogo e a convivência para chegar à paz”, conclui o documento.
