Fundação AIS ajuda os cristãos de Gaza

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre vai enviar ajuda de emergência para ajudar a minorar a grave situação que se vive em Gaza. A Instituição que apoia os cristãos que sofrem e são perseguidos comprometeu-se a ajudar após ter recebido em primeira-mão relatos de actos de violência, durante os quais terão morrido mais de 400 pessoas no espaço de uma semana de ataques aéreos israelitas na faixa de Gaza. Entre os relatos que chegaram à AIS destaca-se o de Christine Wadi Turk, uma estudante de 16 anos da Escola da Sagrada Família na cidade de Gaza, que morreu na manhã do dia 2 de Janeiro. Logo após ter celebrado o funeral da jovem, na Igreja da Sagrada Família, o Monsenhor Manuel Musallam disse à AIS que a causa de morte ainda estava por confirmar, mas que “o choque e o medo” foram em parte a razão, devido às explosões que tiveram lugar perto de sua casa. Através de um relato comovente, o Mons. Musallam falou de uma comunidade “que se esforça por se manter viva”, fugindo às bombas e sofrendo de uma redução drástica de alimentos, água e abrigo. A AIS fornece ajuda de emergência numa região superpovoada onde, de acordo com as Nações Unidas, o desemprego atinge os 40% e onde quase 30% das pessoas carecem de água potável. Cerca de 50% da população são crianças. Os chefes de departamento de projectos da AIS afirmaram que se aguarda um comunicado sobre a dimensão do pacote de emergência para Gaza, acrescentando que era urgente agir com rapidez. O Mons. Musallam sublinhou a necessidade de ajuda imediata afirmando: “A maioria das famílias está em pânico e a passar momentos muito difíceis. Há bombas a explodir à nossa volta. As pessoas têm medo mas não querem desistir.” E acrescentou “Como sacerdote sei que deveria falar de esperança, mas as pessoas dizem-me ‘Que esperança é que há?’ Temos de pedir às pessoas para permanecerem fiéis ao Evangelho e tentarem manter a esperança o mais possível.” “As pessoas choram – homens, mulheres e crianças choram. Estão desesperados por encontrar alimento e protecção.” O prelado explicou que por ser demasiado inseguro sair de casa, a Paróquia da Sagrada Família substituiu a Missa da Meia-Noite e a Missa do dia de Ano Novo por celebrações mais curtas na capela da escola. Como consequência desta situação, os líderes de várias Igrejas liderados pelo Patriarca Latino Fouad Twal de Jerusalém uniram-se a fim de condenar a violência na região. De uma população de 1,5 milhões de habitantes na faixa de Gaza, existem 5.000 cristãos, a grande maioria Greco-Ortodoxa, incluindo 300 católicos (Rito Latino). O Mons. Musallam continuou: “Não posso visitar muitos dos meus paroquianos mas envio-lhes mensagens SMS regularmente, proporcionando-lhes uma palavra de encorajamento e um incentivo a rezar.” “Combinámos rezar uma oração no início de cada hora: ‘Deus da paz, concede a paz ao nosso país; Deus Misericordioso, tem piedade do nosso país.” Descreveu também como as famílias evacuaram as suas casas para as virem encontrar em ruínas, devido à sua proximidade de edifícios militares e do governo, alvos preferenciais dos Israelitas. O apoio à Terra Santa e a todo o Médio Oriente é fulcral para a AIS, principalmente depois do Papa Bento XVI ter declarado a região conturbada uma prioridade para a Instituição, aquando das celebrações do seu 60º aniversário, no Outono de 2007.

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