Leiria-Fátima: Bispo afirma que celebração do Natal «não pode ser confundida com esquecimento e alienação» dos problemas da humanidade e do planeta

D. José Ornelas incentiva a «presentes de solidariedade ativa», de vozes que não toleram a guerra, e presentes «necessários e urgentes» aos meninos e meninas de Gaza e outras «situações de penúria e destruição»

Leiria, 19 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima afirma que celebrar o Natal, “proposta de luz, alegria, fraternidade, paz e esperança”, não pode ser confundida com um “esquecimento e alienação dos problemas que atingem a humanidade e o planeta”, como as guerras.

“O caminho de Advento em direção ao Natal, no final deste ano de 2024, apresenta-se densamente ensombrado por situações de guerra, de desastres naturais e de ceticismo que contradizem e desafiam o tom pacífico e alegre das celebrações que se aproximam”, escreve D. José Ornelas, na mensagem de Natal enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O bispo da Diocese de Leiria-Fátima lamenta os conflitos armados, “com o seu séquito de morte, destruição e miséria humana e ambiental”, que não são recentes, e é, neste ambiente, que se prepara a celebração do Natal, “com a sua proposta de luz, alegria, fraternidade, paz e esperança”.

“Esta celebração, em contraste com a generalização dos conflitos, não pode ser confundida com qualquer atitude de esquecimento e alienação dos problemas que atingem a humanidade e o planeta de que somos hóspedes”, realçou.

Celebrar o Natal, acrescenta, significa recusar a resignação, “o medo paralisante e o enclausuramento individualista” ou de grupos de privilegiados, no Menino de Belém reconhecem “o Filho de Deus que quis vir para o meio desta humanidade”, como semente e luz para as trevas que “cercam”.

“Continua a dar força, coragem e amor solidário, para traçar novos caminhos de paz, humanização e solidariedade, que cure feridas e crie esperança de futuro”, explica.

D. José Ornelas, que destacou as guerras na Faixa de Gaza e no Iémen, na Ucrânia (Europa), e no Sudão (África), incentivou também a levar presentes, “necessários e urgentes, a todos os meninos e meninas”, de modo especial, em Gaza e “outras situações de penúria e destruição”.

“Presentes de solidariedade ativa, de vozes que não toleram a guerra e que lutam, com as armas da paz, para deter agressores e criar uma cultura de justiça, humanização e solidariedade.”

O responsável diocesano recorda o novo Ano Santo da Igreja Católica, o Jubileu 2025, quem como tema ‘Peregrinos da Esperança’, que começa “no meio deste Natal”, no dia 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa, pelo Papa Francisco, no Vaticano, e, em cada diocese, nas Igrejas particulares, no domingo seguinte, no dia 29.

“A esperança é possível e necessária, particularmente quando grassa o pessimismo, a desilusão e o medo. Mas é preciso pôr-se a caminho, como peregrinos, guiados pela luz do Menino de Belém”, indica.

Na mensagem para o Natal 2024, o bispo de Leiria-Fátima lembra ainda a campanha especial de solidariedade da Igreja Católica em Portugal, promovida pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), “em favor da população de Gaza”; nesta diocese os peditórios das Eucaristias dos dias 4 e 5 de janeiro de 2025, festa da Epifania – celebração dos sábios do Oriente -, têm como finalidade Gaza e vão ser enviados para o Patriarcado Católico de Jerusalém.

CB

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Agência ECCLESIA

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