João Miguel Tavares era jovem quando as parábolas de Jesus e a estética dos Evangelhos começaram a não deixá-lo indiferente. Em novo, fugia da catequese, mas, já jovem, o grupo criado pelo professor de EMRC e o movimento Convívios Fraternos marcaram-lhe a vida: deram-lhe amigos e a companheira que lhe mostra todos os dias que mesmo que Deus não exista, Ele existe nas pessoas.
É isto que João Miguel Tavares hoje persegue: a pergunta inacabada que semanalmente o leva à mesa da partilha, entre frágeis, erguidos e erguedores, numa celebração que coloca a palavra de Jesus, a estética, e a comunidade no centro.
A designação «católico ateu» não ficou lá atrás mas o jornalista acredita que hoje é menos importante porque encontrou entre teólogos palavras que justificam o que há muito sentia: há um campo imenso na fronteira do ateísmo onde os cristãos podem estar, levando a ética e as histórias de Jesus junto de tantos que não ficam indiferentes ao seu exemplo.