Jubileu 2025: Papa fala em «mensagem de esperança para a humanidade» 

Francisco cumpriu tradicional homenagem à Imaculada Conceição, no centro de Roma

Foto: Lusa/EPA

Roma, 08 dez 2024 (Ecclesia) – O Papa evocou hoje o próximo Ano Santo, na Igreja Católica, durante a tradicional homenagem à Imaculada Conceição, no centro de Roma. 

“Mãe, Roma está a preparar-se para um novo Jubileu, que será uma mensagem de esperança para a humanidade, afligida por crises e guerras”, disse Francisco, na oração que proferiu perante centenas de pessoas que acompanhavam a cerimónia. 

Esta homenagem anual acontece a 8 de dezembro, na Praça de Espanha, diante da imagem da Virgem Maria, no alto de uma antiga coluna romana, na qual foi colocada uma grinalda de rosas brancas, oferecida por Francisco. 

“As flores que te oferecemos exprimem o nosso amor e gratidão. Mas tu vês e aprecias sobretudo as flores escondidas que são as orações, os suspiros, as lágrimas, especialmente dos mais pequenos e dos pobres”, referiu, na sua oração. 

O Papa tinha antes rezado pela paz, na Basílica de Santa Maria Maior, da capital italiana, diante da imagem da ‘Salus Populi Romani’. 

Francisco recordou a celebração do Jubileu 2025, que se inicia a 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, um ano especial de celebrações no qual se esperam dezenas de milhões de peregrinos na capital italiana. 

“É por isso que há obras por toda a cidade, o que, como sabem, causa muitos incómodos, mas é um sinal de que Roma está viva. Renova-se, adapta-se às necessidades, para ser mais acolhedora e mais funcional”, indicou. 

O Papa pediu que a preparação para o próximo Ano Santo vá para lá das obras exteriores, mudando “os corações” e as “relações familiares e sociais”. 

Francisco falou do Jubileu como um “tempo de renascimento espiritual, de perdão e de libertação social”, como foi anunciado por Jesus. 

A intervenção recordou que a mensagem de Cristo foi recebida, por muitos dos seus contemporâneos, com atitudes de “fechamento e inveja, que geram violência”. 

“Mãe, liberta-nos da inveja, que sejamos todos irmãos, que nos amemos uns aos outros”, rezou o Papa, apresentando Jesus como a resposta para um tempo “pobre de esperança”. 

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, do Papa Pio IX, na qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original. 

A homenagem na Praça de Espanha começou, de manhã, com a evocação aos 220 bombeiros que inauguraram o monumento a 8 de dezembro de 1857, através da colocação de uma grinalda de flores no braço da imagem da Virgem Maria. 

Foto: Lusa/EPA

Francisco, que se apresenta com nódoas negras no queixo, devido a uma queda no seu quarto, há dois dias, foi recebido por responsáveis da Diocese de Roma e do município local, tendo cumprimentado dezenas de pessoas, antes de regressar ao Vaticano. 

Ao longo do dia, vários grupos e personalidades deixam coroas de flores aos pés da coluna de 12 metros de altura, projetada pelo arquiteto Luigi Poletti, sobre a qual se ergue a imagem mariana de bronze criada pelo escultor Giuseppe Obici. 

Depois do ato de veneração e da oração dirigida à Imaculada Conceição, o Papa dirigiu-se Palazzo Cipolla, na Via del Corso, “onde se deteve para visitar a Crucifixão Branca, obra de Chagall particularmente cara” a Francisco, informou a sala de imprensa da Santa Sé, em nota enviada aos jornalistas.

OC 

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Agência ECCLESIA

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