Évora, 07 dez 2024 (Ecclesia) – O Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos de Mariologia (IPPEM) promove uma conferência sobre «Imaculada Conceição. Teologia, Política e Cultura», este sábado, dia 7 de dezembro, no salão nobre da câmara municipal de Vila Viçosa.
A iniciativa está integrada nas comemorações dos 170 anos da instituição do Dogma da Imaculada Conceição, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
O IPPEM – Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos de Mariologia, é uma associação privada, sem fins lucrativos e instituída por tempo indeterminado, criada por escritura pública no dia 1 de dezembro de 2017.
Programa:
– «Raízes históricas de um Dogma de Oitocentos» – Pierre Antoine Fabre (École des Hautes Études en Sciences Sociales-Paris) – «História do Dogma» – Stefano Cecchin (Academia Pontifícia Mariana) – «Do mistério da Imaculada Conceição à proclamação do Dogma» – Teresa Messias (Universidade Católica Portuguesa) – «A defesa do Imaculismo na Ordem de Santo Agostinho» – Isaac González Marcos (Faculdade de Teologia do Norte de Espanha) – «Usos político-teológicos do Imaculismo: O caso português» – Porfírio Pinto (Universidade Aberta) – «Imaculismo e a devoção ao Imaculado Coração de Maria» – Daniele Menozzi (École Normal Superior de Pisa) |
A solenidade da Imaculada Conceição, que a Igreja Católica assinala anualmente a 8 de dezembro, é feriado nacional em Portugal, um reconhecimento à importância desta data na espiritualidade e identidade do país.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.
A primeira celebração do culto da Imaculada Conceição aconteceu na Sé Velha de Coimbra, no dia 8 de dezembro de 1320.
A ligação entre Portugal e a Imaculada Conceição ganhara destaque em 1385, quando as tropas comandadas por D. Nuno Alvares Pereira derrotaram o exército castelhano e os seus aliados, na batalha de Aljubarrota.
Em honra a esta vitória, o Santo Condestável fundou a igreja de Nossa Senhora do Castelo, em Vila Viçosa (Arquidiocese de Évora), e fez consagrar aquele templo a Nossa Senhora da Conceição.
A antiga igreja de Nossa Senhora do Castelo, espaço onde se ergue atualmente o santuário nacional, afirmou-se nos finais do século XIV como um sinal desta devoção, em toda a Península Ibérica.
Durante o movimento de restauração da independência, com a coroação de D. João IV como rei de Portugal, a 15 de dezembro de 1640; este soberano coroou a Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de Portugal, durante as cortes de 1646.
LFS/CB