Secretariado Nacional da Educação Cristã promoveu seis ações de formação em todo o país sobre a utilização de mais de cinco centenas de materiais disponíveis na Escola Virtual
Lisboa, 25 nov 2024 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) promoveu seis ações de formação interdiocesanas sobre os recursos digitais de Educação Moral e Religiosa Católica que envolveram mais de metade dos professores da disciplina do país.
Para o diretor do SNEC, o desenvolvimento de 529 recursos digitais, disponíveis na Escola Virtual da Porto Editora, “foi um grande desafio e uma grande ousadia”, assim como a proposta de formação sobre a sua utilização, que aconteceu em diferentes regiões do país, anunciando novos projetos de formação creditada.
“Queremos continuar com a formação contínua, numa ação de formação creditada, com formadores da Porto e Editora e da Faculdade de Teologia”, disse Fernando Moita à Agência ECCLESIA, referindo que é necessário dar aos 1200 professores da disciplina ferramentas para “rentabilizar os recursos que existem”.
Para António Cordeiro, coordenador do Departamento Nacional de EMRC, o desenvolvimento de recursos digitais correspondeu a um “processo de corresponsabilidade”, que resultou numa “oferta significativa de apoio ao trabalho dos professores”.
“A disciplina de EMRC tem de melhor do que se pode oferecer a nível de suporte didático”, disse António Cordeiro.
O coordenador Departamento Nacional de EMRC apelou à “criatividade dos professores” para a utilização dos recursos, focando a “visão cristã sobre o mundo” proposta pela disciplina.
Após ter sido realizada em várias dioceses do país, a sexta ação de formação interdiocesana sobre os recursos digitais decorreu em Lisboa, no Colégio Marista de Carcavelos, no último sábado, onde é professor o irmão Jaime Barbosa, que participou na elaboração das ferramentas que “abrem um mundo de possibilidades” a professores e alunos.
“Já não é só um mundo físico, são janelas abertas para dinâmicas diferentes que se podem fazer na sala de aula, informações mais diversificadas que se podem usar, podemos ir buscar mais exemplos para os conteúdos que estamos a trabalhar e podemos motivar mais os alunos, que cada vez mais estão familiarizados com as tecnologias”, afirmou o irmão Jaime Barbosa.
O religioso marista comparou a elaboração dos recursos digitais ao “processo sinodal”, que passou pela “escuta, diálogo e construção em conjunto” dos materiais, tendo no horizonte a sua aplicação “em todo o país e para diversos alunos”.
“Fazemos uma proposta e, a partir dessa proposta, os professores podem dinamizar e adaptar a cada um dos contexto”, disse o irmão Jaime Barbosa, que integrou a equipa de 94 professores de 19 dioceses que estiveram envolvidos na elaboraram os recursos digitais.
Questionada sobre a utilização dos recursos digitais, a professora de EMRC Lilian Dias disse que os materiais trazem “inovação e inspiração”, sublinhando as “ferramentas de acessibilidade” que os acompanham.
“A comunidade de Pegões tem uma grande comunidade de estrangeiros e os recursos ajudam a ciar pontes para queles que chegam, para minimizar as diferenças”, disse a professora da Diocese de Setúbal, que participou na ação de formação promovida no último sábado.
A formação sobre os recursos digitais para a disciplina de EMRC decorreu no Colégio Marista de Carcavelos e contou com a presença de professores de Lisboa, Santarém e Setúbal; decorreram também ações de formação interdiocesanas no Porto, Braga, Leiria, Beja e Lamego.
O diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã referiu-se à falta de professores de Educação Moral e Religiosa Católica para os alunos que optam pela disciplina e deixou um apelo aos secretariados diocesanos e às comunidades paroquiais para que possam “suscitar” quem queira “abraçar esta profissão”. “O SNEC continua a acreditar que hão de surgir. As comunidades paroquiais hão de suscitar professores, homens e mulheres que queiram abraçar esta profissão: ser uma presença alegre e libertadora em contexto de escola, como professor de EMRC”, afirmou Fernando Moita, acrescentando que o secretariado nacional que dirige continua a garantir o pagamento das propinas na Faculdade de Teologia, onde se formam os professores da disciplina. António Cordeiro, coordenador do Departamento Nacional de EMRC, espera que os professores da disciplina interpelem “outros a serem agentes, a serem professores” e reafirma aos alunos e suas famílias que a disciplina é “uma oferta significativa na formação das novas gerações, porque a situa na pessoa, nos valores”. “Queremos uma educação de qualidade, em que a EMRC vai dar um contributo muito significativo”, sublinha Fernando Moita. |
PR