Lisboa 2023: «Serão os jovens a ajudar a fundação a encontrar os seus caminhos» – D. Alexandre Palma

Bispo auxiliar de Lisboa é responsável pelo organismo que entra numa nova fase e quer «trazer a agenda» do «protagonismo juvenil» para a Igreja 

Henrique Matos, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 24 nov 2024 (Ecclesia) – O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 disse em declarações à Agência ECCLESIA que espera a “surpresa” dos jovens para, no futuro, ajudarem a fundação a “encontrar os seus caminhos”.

Foto Agência ECCLESIA/HM, D. Alexandre Palma

“O melhor que as jornadas trouxeram – e desculpem-me todos os demais – trouxeram por duas vias fundamentalmente: pelo Papa Francisco e pelos jovens, e portanto tenho a esperança, neste Jubileu da Esperança, que é há muito tempo uma certeza, como é a esperança cristã, que, no futuro próximo, serão os jovens a ajudar a fundação a encontrar os seus caminhos”, afirmou D. Alexandre Palma.

Após a passagem dos símbolos de uma delegação de jovens portugueses para jovens da Coreia do Sul, que decorreu na manha deste domingo de Cristo Rei, quando se assinala a Jornada Mundial da Juventude em cada diocese, o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 lembrou que o organismo criado para preparar a jornada que decorreu em Lisboa “entra numa nova fase”.

“Até o dia de hoje, todo o nosso foco foi a JMJ, no sentido do evento, tudo o que estava antes, tudo o que foi durante, também tudo o que foi preciso fazer depois e é nisso que temos trabalhado. Essa página da JMJ Lisboa 2023, hoje vira-se e vira-se para um lugar muito belo, que é Seul, a Coreia, uma imensa experiência de igreja na Ásia”, afirmou.

D. Alexandre Palma manifestou a “alegria poder passar este símbolo aos coreanos” e diz que a nova fase da fundação tem o mesmo objetivo de afirmar o “protagonismo dos jovens”, mas “vai fazê-lo de uma maneira diferente”.

Foto Agência ECCLESIA/HM, Passagem dos símbolos de Portugal para a Coreia do Sul

“A Fundação não vai ser um promotor de eventos”, disse o seu presidente, apontando para a necessidade de dar “passos firmes”, e por isso “mais devagar”, na definição do seu futuro para “ir com todos” e “a um ritmo em que todos possam acompanhar”.

Para bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa, a JMJ Lisboa 2023 deixa “uma imensa experiência de Igreja” e “uma experiência extraordinária também de sociedade “ e “um protagonismo dado aos jovens que é talvez um dos tesouros que resulta da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, em Lisboa e em todo o nosso Portugal”.

“Este é claramente um tesouro que não é património de ninguém em particular mas é património de toda a Igreja, de toda a sociedade portuguesa: o lugar dos jovens, não apenas como beneficiários de um conjunto de ações ou de iniciativas, mas como protagonistas de uma nova manhã, também para a nossa Igreja em Portugal e para o nosso país”, lembrou

D. Alexandre Palma o desafio do protagonismo juvenil é um desafio de toda a Igreja” e lembrou a necessidade de “trazer toda esta agenda” para a evangelização, nomeadamente a ação e a evangelização dos jovens.

A passagem dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a Cruz e o ícone de Nossa Senhora, para a Coreia do Sul aconteceu quatro anos após Portugal os ter recebido dos jovens do Panamá, em 2020, e terem peregrinado por Angola, Polónia, Espanha, e Portugal em preparação da JMJ Lisboa 2023, que decorreu em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto de 2023.

Foto Agência ECCLESIA/HM, Passagem dos símbolos de Portugal para a Coreia do Sul

HM/PR

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