JMJ: «Passar etapas como uma Jornada Mundial da Juventude é muito bonito, mas deixa uma saudade» – Hugo Monteiro

Coordenador-geral do Serviço Diocesano da Juventude de Coimbra é um dos portugueses que vai entregar símbolos da JMJ, no Vaticano, a uma delegação de Seul, da Coreia do Sul

Coimbra, 22 nov 2024 (Ecclesia) – O coordenador-geral do Serviço Diocesano da Juventude de Coimbra é um dos portugueses que vai entregar os símbolos da JMJ aos jovens da Coreia do Sul, no Vaticano, e considera que este vai ser momento “difícil”.

“Vai ser difícil em termos emocionais passar o símbolo porque não é o símbolo em si, mas é uma etapa. É a etapa que passamos para Seul. É bonito. Passar etapas como uma Jornada Mundial da Juventude é muito bonito, mas deixa uma saudade”, confidenciou Hugo Monteiro, em declarações à Agência Ecclesia.

À margem do festival “For God Shake”, que se realizou a 10 de novembro, em Coimbra, o responsável disse que fica também o compromisso que cada um assumiu com a Cruz peregrina, que “é fazer caminho e mostrar aos jovens” que este percurso “com Jesus é completamente diferente”.
“É um caminho maravilhoso e vale a pena arriscar. Se calhar arriscam é pouco. Então nós estamos cá deste lado para lhe mostrar esse caminho.

Deixem-se ir, deixem-se levar e essa Cruz quando passar, certamente naquele momento que a vir do outro lado, vou ficar com aquela pena, mas orgulhoso do caminho todo que foi feito e que vai continuar a ser feito”, referiu.

Os jovens de Lisboa vão entregar a uma delegação de Seul a Cruz e o Ícone da JMJ, numa celebração marcada para 24 de novembro, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Hugo Monteiro recorda a receção dos símbolos da JMJ em Coimbra, caracterizando o dia como “inacreditável”.

“Milhares de pessoas vieram à rua”, lembra, destacando que a Cruz peregrina, que fez quilómetros pela Diocese de Coimbra, rodeada de multidões de sorrisos, de choros, de abraços, “marca e marcará sempre”.

“Isso é bom. E a Cruz irá sempre criar efeito nas pessoas. As pessoas muitas vezes é que não querem ser tocadas. Deixem-se levar. Essa cruz, pelo significado da própria, é muito. Fala”, salientou o coordenador-geral do Serviço Diocesano da Juventude de Coimbra.

Sobre o impacto da peregrinação dos símbolos, Hugo Monteiro referiu que os jovens querem fazer caminho, ser motivados e comprometer-se.

“Nós podemos ter jovens motivados, mas se não tivermos os animadores motivados é tudo muito mais complicado. Portanto, preocupemos-mos com os animadores. E são tantos”, referiu.

A nível pessoal, Hugo Monteiro, que já tinha vivido duas edições da JMJ, revela que o encontro em Lisboa mostrou que Portugal tem uma “Igreja muito viva”.

“Muitas vezes somos derrotistas e vamos pela parte negativa. Nós temos uma Igreja portuguesa muito viva e com vontade, aquele coração a explodir, vamos deixá-lo explodir, vamos fazer festa, vamos celebrar, vamos rezar, mas vamos deixar que os jovens se libertem”, adiantou.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).

Em 2027, a Jornada Mundial da Juventude vai regressar à Ásia com esta edição internacional na capital da Coreia do Sul.

A entrega dos símbolos da JMJ a uma delegação de Seul está em destaque no Programa ‘70×7’, do próximo domingo, na RTP2, no dia em que acontece a passagem de testemunho, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

HM/LJ

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Agência ECCLESIA

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