O trabalho infantil no meio rural visto pelas crianças

IV Assembleia de Crianças da CNASTI A CNASTI – realizou nos dias 21, 22 e 23 deste mês, em Vila Nova de Foz Côa, a 4ª Assembleia de Crianças subordinada ao tema: “O trabalho infantil no meio rural, visto pelas crianças”. Pretende-se, desde logo, com o subtítulo desta Assembleia “Saltando Muros” induzir o público-alvo para a necessidade de juntos criarmos sinergias capazes de ultrapassar as barreiras que ainda se fazem sentir no quotidiano de tantas crianças e que indiscutivelmente condicionam trajectos de vida. O objectivo desta acção foi fundamentalmente alertar para a existência de uma realidade que não faz parte apenas do passado, ela persiste no presente e persistirá no futuro se não se alterarem as condições sócio-económicas das famílias e se não se repensar as modalidades de educação/formação. Estiveram presentes cerca de 60 crianças de diferentes regiões do país e da Europa que durante estes três dias procuram reflectir sobre as suas experiências de vida (muitas delas com percursos marcados por trabalho infantil), partilhar percepções e opiniões sobre os diferentes contextos sociais e exprimir, através de diferentes linguagens, sentimentos que reflectem os trilhos do passado, as preocupações do presente e os projectos do futuro. Esta foi mais uma actividade da CNASTI, integrada na comemoração da Convenção dos Direitos da Criança, que procurou criar um espaço promotor da espontaneidade e criatividade da criança na interacção com os outros, reconhecendo-a como actor principal da mudança. No final desta assembleia há razões para acreditar que todas estas crianças possuem potencialidades para delinear a sua trajectória de vida se lhes forem criadas condições e oportunidades para tal. Os testemunhos que foram possíveis recolher ao longo das sessões de trabalho revelam motivação e empenho na definição dessa trajectória e na construção de um mundo melhor. O seu grito de esperança representa um apelo a todos os cidadãos, e em particular aos órgãos do poder, para o exercício da cidadania num mundo livre de todas as formas de exploração. Como refere o Hino desta assembleia “Que ninguém se aproveite do trabalho de uma criança. Elas têm direito a serem livres e é assim que o mundo avança.” Vila Nova de Foz Côa, 23 de Novembro de 2003

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Agência ECCLESIA

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