Actividade da Igreja não pode ser confundida com acção política, diz o Papa

Bento XVI recebeu hoje no Vaticano os membros da Conferência Episcopal do Equador, aos quais agradeceu o esforço em chamar a atenção da sociedade sobre os valores que tornam a vida humana mais justa e solidária. “A actividade da Igreja não pode ser confundida com uma acção política”, apontou o Papa, frisando que “ela deve oferecer ao conjunto da comunidade humana a sua contribuição através da reflexão e de pareceres morais, inclusive sobre questões políticas que afectam de modo especial a dignidade da pessoa”. “Entre elas cabe destacar, também por sua importância para o futuro do seu país, a promoção e estabilidade da família, fundada sobre o vínculo de amor entre um homem e uma mulher; a defesa da vida humana desde o seu primeiro momento da sua concepção até a morte natural, assim como a responsabilidade dos pais na educação moral de seus filhos, na qual se transmite às novas gerações os grandes valores humanos e cristãos que forjaram a identidade do povo equatoriano”, precisou. Bento XVI saudou a realização da “grande missão” convocada pelo Episcopado Latino-americano em Aparecida, e que foi confirmada no Terceiro Congresso Americano Missionário, celebrado em Quito no último mês de Agosto. “O chamamento que Jesus fez a seus discípulos – disse o Papa – enviando-os a pregar a sua mensagem de salvação e tornar discípulos seus todos os povos, deve ser para toda a comunidade eclesial um motivo constante de meditação e a razão de ser de toda acção pastoral”. O Papa recordou também que, “nesta importante etapa da história, a Igreja no Equador precisa de um laicado adulto e comprometido que, com uma sólida formação doutrinal e profunda vida interior, viva a sua vocação específica: iluminar com a luz de Cristo toda a realidade humana, social, cultural e política”. (Com Rádio Vaticano)

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