Igreja é mais do que as suas imagens sociológicas, diz Bento XVI

Bento XVI defendeu hoje no Vaticano que a Igreja vai “muito além das imagens sociológicas”, sendo “a unidade de todos os baptizados em Cristo”. “A Igreja não é comparável a um rio que transborda, sem margens, nem a uma cadeia montanhosa, solidíssima na sua estrutura, mas imóvel na sua estaticidade”, assinalou. O Papa continuou o ciclo dedicada ao Apóstolo Paulo, nas audiências gerais de Quarta-feira, frisando que “a Igreja é um dos temas fundamentais do ensinamento de São Paulo”, o primeiro autor do Novo Testamento a utilizar este termo. Utilizando o termo grego “Ekklēsía”, que se refere à ideia de uma assembleia convocada por vocação, Paulo destacou o valor fundamental e fundador que Jesus Cristo atribuía à Igreja e à “Palavra” que anunciava. “O conceito exclusivamente paulino de Igreja, como ‘Corpo Místico de Cristo’ supunha uma identificação mística, que se reflectia também no conceito institucional de Igreja. Nela os diversos ministérios e carismas foram exercidos em comunhão com os responsáveis da comunidade nascente”, assinalou. Bento XVI explicou que São Paulo “atribuía à Igreja as características de pureza e diferença específica de um edifício material sagrado. Ao mesmo tempo, era aplicado tal conceito material, repleto da presença divina, a uma comunidade viva e activa na fé”. Aos peregrinos e visitantes de língua portuguesa, o Papa convidou, na linha da catequese de hoje, “a invocar o Apóstolo Paulo, para que nos ajude a compreender com maior profundidade o mistério da Igreja, sobretudo para amá-la e cooperar responsavelmente na sua edificação”.

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