D. Jorge Ortiga: Famílias cristãs devem dar luta a modelos vazios de valores

O Arcebispo de Braga chamou a atenção dos responsáveis pela Pastoral Familiar na diocese para o facto de hoje «se proclamarem nomes alternativos da família», vincando que os cristãos, «apaixonados pelo modelo do Evangelho, devem lutar contra tais propostas e proclamar o seu modelo de família». D. Jorge Ortiga, que falava ontem na abertura dos trabalhos do Conselho Arquidiocesano da Pastoral Familiar, agradeceu o trabalho desenvolvido por aquele departamento e convidou-o a propor às famílias a Palavra de Deus como esperança para os actuais dias de crise. Perante uma assembleia que juntou casais responsáveis por departamentos arciprestais da pastoral da família e sacerdotes assistentes, o prelado frisou que, independentemente dos modelos apregoados por outros e mesmo que estes proliferem, «os cristãos não só não devem ter medo de assumir o que são, como devem ter coragem de mostrar a sua identidade». Em relação aos projectoslei discutidos e chumbados esta semana na Assembleia da República sobre a legalização do casamento entre homossexuais, D. Jorge Ortiga indicou que esta foi uma altura aproveitada para a promoção de modelos de vida contrários aos valores cristãos. Frisou que, nestes momentos, «os cristãos não devem ficar escondidos » mas devem antes estarem «preparados e estruturados para tomarem posições e defenderem o seu modelo de vida e valores». Trabalhar pela estabilidade da família como instituição história e trabalhar pelo modelo cristão de família foram dois dos desafios lançados pelo Arcebispo Primaz aos responsáveis da Pastoral Familiar num tempo que considera de «autêntica perseguição ». «Temos de estar convencidos que nós cristãos é que temos razão e devemos propor o nosso modelo de família com convicção», desafiou D. Jorge Ortiga. O prelado não deixou de abordar o clima de instabilidade económica qie se faz sentir a nível mundial e que está a afectar a vida das famílias. «Numa dimensão social e económica, vivemos tempos de notícias que projectam receio, temor, medo e perplexidade em relação ao presente e, sobretudo, em relação ao futuro», asseverou D. Jorge Ortiga, acrescentando que «estas são realidades incontornáveis». Mas, continuou o prelado, «se estas notícias, pelo que poderá ainda vir a acontecer, nos mergulham num sentimento de temor, a Pastoral Familiar, conhecedora destas realidades, tem como missão suscitar o encontro com o Evangelho, que signifique Boa Nova, ou seja, boa notícia». Só assim, defendeu o Arcebispo de Braga, «será possível dar alento, esperança e coragem para se continuar a lutar contra as dificuldades que se impõem, até porque a mensagem é o próprio Cristo». O Arcebispo Primaz defendeu que o Evangelho deve estar «no centro da família» e esta deve considerar ainda, neste “Ano Paulino”, o modelo de vida de S. Paulo. «As adversidades não vão desaparecer e as forças que lutam contra o modelo cristão de família não vão desistir », alertou D. Jorge Ortiga, para rematar: «a força da família cristã está em si mesma, na sua unidade e no laço fecundo com Cristo».

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