Madeira: Acção Social a favor dos mais idosos

“O Dia do idoso é uma referência, em termos de estímulo, para que alguma coisa se faça, e como chamada de atenção à própria sociedade”, disse ao Jornal da Madeira D. António Carrilho, a propósito da Missa campal que ontem à tarde celebrou no Centro Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava. Presentes estiveram também o secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim Ramos, os parócos da zona pastoral da Ribeira Brava (Pe. Bernardino e Pe. João Manuel), o Pe. Estêvão Fernandes, entre outras entidades oficiais. Acção social da Igreja passa pelos mais idosos “A minha preocupação como Bispo é atender a toda gente, sentindo muito vivamente que a Igreja/Povo de Deus integra todos, dos mais pequeninos aos mais velhos, os que estão em condições de participar numa actividade maior, ou que já precisam de um apoio da comunidade ou das instituições”, referiu D. António Carrilho em breves declarações ao JM. Para o Bispo do Funchal, a sociedade actual, no que respeita às famílias, nem sempre proporciona as melhores condições para que os idosos possam disfrutar da sua própria identidade, quanto ao convívio, à companhia, no combate “à solidão e à pobreza”, pelo que estas celebrações “podem ajudar a dar algum conforto e estimular outras acções de carácter social”, acrescentou. Após esta Missa, as centenas de idosos presentes tiveram ainda ensejo de seguir uma sessão de esclarecimento sobre “Vitimização da Pessoa Idosa”, dinamizada pelo Comando Regional da Polícia de Segurança Pública. Sobre este assunto, o JM ouviu também o governante Jardim Ramos. “Vitimização da pessoa idosa” preocupa autoridades “É uma situação preocupante”, atendendo a que “os idosos são pessoas fragilizadas e muitas vezes há quem não tenha formação humana que lhes permita olhar para o seu semelhante e ver nele o seu próprio espelho”, considerou o secretário regional dos Assuntos Sociais quando interpelado pelo Jornal da Madeira sobre a “violência e as ofensas” contra os idosos da nossa sociedade. “Esta questão é uma matéria que passa muito pela educação cívica, pela criação de exemplos, pela partilha de experiências e de aprendizagem, pois, uma pessoa bem formada não ofende”, entende o dr. Francisco Jardim Ramos. Ainda segundo o governante, da parte das entidades oficiais “há grande empenho em se fazer a pedagogia dos hábitos de cidadania, de urbanidade, de aculturação, de vivência intergeracional, para que os mais novos aprendam com os mais antigos a sabedoria e o conhecimento que não passa”. E acrescenta: “todo o fenómeno que gera violência é abominável e temos que ser capazes de, pedagogicamente, ensinar, educar para a tolerância, para que as pessoas vejam o seu semelhante como outro ser, como se visse a si próprio ao espelho. Ninguém quer ser maltratado. O ser mais frágil deve ser protegido, nunca vítima de violência”, sublinhou Jardim Ramos ao JM.

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