Moçambique: «As pessoas estão a viver situações muito difíceis, muito precárias» – D. Diamantino Antunes

O missionário português é, desde 2019, o bispo da Diocese de Tete, em Moçambique, onde se encontra, há vários anos, ao serviço das populações locais. No Dia Mundial das Missões, o religioso é o convidado da entrevista semanal conjunta Ecclesia/Renascença

Foto: RR/Miguel Rato

Entrevista conduzida por Henrique Cunha (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia)

Partiu como missionário para Moçambique e, há cinco anos, que é bispo da Diocese de Tete. Como é que tem sido esta experiência junto das populações?

Boa, boa. São já mais de 25 anos como missionário em Moçambique, primeiro como sacerdote, agora como bispo, sempre missionário, e tem sido uma experiência muito fecunda, uma aprendizagem para mim. Ao mesmo tempo, deu a possibilidade de testemunhar a alegria do Evangelho com os nossos irmãos, com os quais temos muito em comum. Estamos longe geograficamente, também culturalmente, mas temos laços históricos e, depois, na Igreja não há fronteiras…

 

O ministério episcopal na Diocese de Tete não passa, sobretudo, pelo Paço, mas muito pelo terreno, não é?

Sim, estou pouco tempo sentado no Paço, porque a Diocese de Tete tem uma extensão muito grande, são 101 mil quilómetros quadrados, estamos a falar de uma Diocese que tem um território muito superior a Portugal continental e insular, com grandes distâncias e com vias de comunicação que, em muitos lugares, praticamente não existem. São 41 missões, um território muito vasto e eu assumi o compromisso de visitar metade das missões em cada ano, em visita pastoral – a visita pastoral dura uma semana. Contando que, de janeiro até abril não podemos sair por causa das chuvas, praticamente a maior parte do tempo estou em visita às missões, portanto estou em contacto direto com os missionários, com as comunidades, não só para celebrar o Crisma, que é, de facto, também um elemento importante da visita pastoral, mas sobretudo para animar e juntos fazermos a missão.

 

Ou seja, é uma Igreja muito diferente daquela que encontramos na Europa. Há um caminho a fazer no sentido de, como tem pedido o Papa, se deixar de pensar o catolicismo apenas desde um ponto de vista ocidental e acolher a experiência de outras partes do mundo? O atual sínodo pode ajudar nesse esforço?

Eu penso que sim, se o Sínodo não se limitar apenas a documentos, mas já o Sínodo em si é uma experiência de sinodalidade, de comunhão, de participação, um modo muito diferente, uma metodologia diferente dos sínodos anteriores. Estou a vir também de Roma, da visita Ad Limina – os bispos de Moçambique tiveram esta visita, que se faz 5 e 5 anos, ao Papa e a todos os organismos da Santa Sé: no encontro que tivemos, que foi um encontro, não foi apenas uma coisa protocolar, mas foi um encontro entre pastores, em que cada um de nós pôde apresentar a sua experiência, o Papa também partilhou a sua experiência. Se a Igreja de Moçambique tem algo de ensinar ou partilhar, e tem, é uma experiência de uma Igreja jovem, uma Igreja ministerial, laical, onde a dimensão sinodal está muito forte, como opção, mas também, sobretudo, em resposta a situações históricas que levaram a Igreja a ser entregue nas mãos dos leigos. Eles assumiram protagonismo, sobretudo no tempo pós-independência, do comunismo, e depois durante a Guerra Civil, mas isso não foi uma medida oportunista, que esta Igreja ministerial de pequenas comunidades continua hoje, apesar de termos mais sacerdotes.

 

É uma questão debatida no Sínodo, sobretudo relativamente ministério ordenado, e obviamente há diferenças culturais muito significativas. Este discurso tem de ser adaptado, quando se fala de África? Em particular, como exemplo concreto, o papel dos catequistas é uma experiência de compromisso laical que é preciso valorizar também noutros locais?

Claro, nós temos de partir da teoria, daquilo que é o magistério da Igreja e aquilo que são as intuições do Conselho Vaticano II, de uma Igreja povo de Deus, comunhão, participação; e depois também responder, os textos têm de se encarnar num contexto, devem nascer num contexto e encarnar-se num contexto. A situação pastoral que se vive na Europa exige isso hoje, não só porque há menos sacerdotes – então vamos dar lugar, importância e maior responsabilidade aos leigos, não, a vocação própria do batizado é ser missionário, ser testemunha, ser empenhado. A questão é estar em missão e essa missão, de facto, deve ser partilhada e vivida por todos, por todos, aliás, a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, para este domingo, verdadeiramente acentua essa dimensão de que a missão é de todos, é para todos, “ide e convidai todos ao banquete”.

Então, aí temos todos uma responsabilidade e o bispo na sua diocese deve ser o animador dos animadores, deve ser o catequista dos catequistas, deve, sobretudo, também animar os leigos para um compromisso em todas as áreas da pastoral.

 

Quando foi nomeado bispo de Tete, a região tinha sido atingida por uma catástrofe natural. É um país, particularmente, exposto a fenómenos meteorológicos extremos?

Sim, no ano de 2019 fomos afetados pelo ciclone Idai, mas, entretanto, já tivemos outros, e é algo cíclico. Aquilo que acontecia no litoral de Moçambique, de 10 em 10 anos, de 20 em 20 anos, agora já se está a tornar quase anual, e não apenas na zona litoral, que é mais afetada, por exemplo, pelos ciclones, pelas correntes, mas também o interior.

 

São os efeitos das alterações climáticas, não é?

São os efeitos das alterações climáticas, levando a anos de muita chuva, que causa inundações, que causa problemas, e anos de pouca chuva. Por exemplo, há dois anos choveu imenso, houve inundações. Este ano não choveu. Estamos a falar de um país que é maioritariamente agrícola, as pessoas vivem da agricultura, agricultura de subsistência, e dependem da chuva. Se chove, há abundância, e normalmente há produção. Se chove pouco, ou se chove fora do tempo, de facto há fome.

 

As alterações climáticas também a provocar este flagelo maior junto das populações que elas já de si, pobres?

Sim, sim. Devemos ter muita atenção e cuidado na salvaguarda da natureza. E em Moçambique também temos muito que fazer, embora não seja um país muito poluidor, não é? Porque não temos indústria, mas há queimadas descontroladas, há uso abusivo dos terrenos, há desflorestação, que de facto também causam essas mudanças climáticas.

 

Vamos falar, depois destas tragédias naturais, de uma tragédia humana. Moçambique tem estado no centro de atenção mediática nos últimos anos por causa do que se passa com os ataques terroristas em Cabo Delgado, no norte do país. Isso foi agora, aliás, referido também nos trabalhos do Sínodo. Teme que uma diminuição da atenção da comunidade internacional possa fragilizar ainda mais estas populações? Quem vive no terreno está protegido?

Bom, já passaram sete anos do início dessa insurgência, é muito tempo, é muito tempo. Esta insurgência tem causado muito sofrimento. Fala-se de 5 mil mortos, milhares e milhares de deslocados, os quais não puderam ainda voltar para as suas terras e possivelmente não voltarão tão depressa, porque enquanto houver essa insegurança as pessoas têm medo. É evidente que as atenções do mundo não estão viradas para aquele contexto social, bélico, estão viradas para outros lugares, sobretudo na Ucrânia e Médio Oriente.

 

Mas a pergunta é: esteve em algum momento virada para esse conflito a comunidade internacional?

Esteve quando houve ataques contra interesses das multinacionais e onde havia presença de não-moçambicanos. Aí sim é que se falou deste conflito e teve maior repercussão. É evidente que a nível internacional, estivemos recentemente com o Santo Padre… quem de vez em quando recorda estes conflitos esquecidos é o Santo Padre e tem-no feito em relação a Cabo Delgado, diversas vezes. Está preocupado, não apenas com as palavras, também com ajudas efetivas.

A situação que se vive lá é ainda de grande incerteza e o grande problema é que nós não sabemos quem está por trás desta insurgência. Com quem falar, com quem dialogar e até quando vai continuar esta situação…

 

Olhando para a situação dos deslocados internos, os parentes pobres da migração, porque não saíram do país, mas saíram das suas casas e muitas vezes ficam numa condição que ninguém sabe muito bem como é que será o futuro: há compromisso no terreno, a ajuda humanitária está a chegar a estas pessoas?

Diminuiu bastante. Claro, a primeira ajuda é a de louvar, e isso é muito grande, é a ajuda intrafamiliar. Estes deslocados, muitos deles foram acolhidos por famílias já numerosas que abriram as suas portas para os acolher e dar o apoio inicial. A Igreja, através de diversas instituições e organismos, tem tido também um papel muito importante no acolhimento, no apoio material e também espiritual, psicológico.

Mas, de facto, nota-se uma diminuição dos apoios. As pessoas estão a viver situações muito difíceis, muito precárias. Claro, já são pessoas que vivem situações pobres, é diferente de alguém que vive num contexto mais rico e depois tem de passar esta experiência como deslocado, uma provisoriedade e um sofrimento muito forte. As pessoas vão procurando ajudar-se entre si, com o apoio que vem de fora, tentamos ajudar e, nesses aspetos, as dioceses – porque não é só Cabo Delgado, mas as dioceses vizinhas, que acolheram muitos deslocados -, têm trabalhado nisso. Dentro também da nossa pobreza, cada diocese também tem feito algo, ao menos sensibilizar os cristãos para ajudar todos.

 

A Conferência Episcopal Moçambicana deixou uma mensagem a respeito das eleições gerais de outubro, pedindo a participação e o respeito pelas decisões da população.

Como é que acompanhou o processo? Já surgiram, entretanto, algumas denúncias de irregularidades em mesas de voto? 

Sim, já, e também um pouco de violência, concretamente na minha diocese, na cidade de Matisse. Eu, pessoalmente, vivi todo este ciclo democrático em Moçambique, várias eleições. Hoje não digo que estou um pouco desanimado ou desiludido, mas vejo que a democracia, infelizmente, está mais no papel do que na prática.

As eleições, em vez de serem um momento de reflexão, de decisão, de construir futuro, são momentos de tensão e abalam, digamos assim, a convivência nacional. Isso é provocado por excessos de ambas as partes, sobretudo de uma falta de transparência e de cumprimento das regras. De facto, mesmo com observadores ou sem observadores, as eleições em Moçambique geralmente são afetas de…

 

Não são livres e justas?

Livres são. Talvez não sejam justas, no sentido de que, no momento da contagem, há sempre suspeitas –  reais, ou talvez aumentadas – de que há enchimento de urnas, os resultados não são aqueles verdadeiros, são alterados, adulterados. Então, é um momento de muita tensão, de muito conflito, e isto desde as primeiras eleições…

 

E esse clima, especificamente, neste momento, teme que possa se arredondar em violência?

Eu espero que não, espero que não. Tanto que, um dos trabalhos que a Igreja Católica, juntamente com outras igrejas e outras organizações, foi o apelo, de facto, à vivência deste tempo muito delicado, com atitudes positivas e colocar, em primeiro lugar, o bem comum, a unidade, o respeito mútuo, acima daquilo que são os interesses partidários ou as reivindicações justas que possam existir. É sempre um momento delicado, mas penso que são aqueles momentos de tempestade, que depois passarão.

 

Então qual ou quais serão os grandes desafios dos vencedores?

Os grandes desafios é saber ter uma visão de futuro e não governar apenas pensando naquilo que são os interesses partidários ou de grupo, é ter, no fundo, uma visão do país no seu conjunto, inclusiva, pensar em todos e servir o povo. Servir o povo, isto é, procurar resolver os problemas das pessoas e não pensar apenas nos interesses de grupo ou de algumas regiões, mas no país como um todo. Sabemos que as guerras são provocadas pelo descontentamento das pessoas, sobretudo quando se vêem injustiçadas, quando a riqueza que o país tem não é dividida de modo equitativo e justo. Nós temos regiões e províncias de Moçambique muito ricas em recursos naturais, mas onde o desenvolvimento humano, de facto, está muito atrasado.

 

Vamos voltar agora ao tema do Dia Mundial das Missões, por um motivo muito simples. Chegou Moçambique como missionário do Instituto da Consolata cujo fundador é canonizado hoje, o Beato José Alamano. Muito brevemente, é um momento especial, imagino para si. O que é que esta figura representa para a Igreja hoje? 

É muito especial porque, sem dúvida, o padre José Alamano tem muito a dizer à missão e fez muito pela missão. Primeiro, porque é típico. Ele era um padre diocesano, nunca saiu de Itália, nunca saiu da sua diocese e teve essa intuição de fundar dois institutos Ad Gentes, portanto, para a evangelização da África, quando teve essa ideia e fundou os missionários da Consolata em 1901, e as missionárias da Consolata, para completar esse serviço missionário em 1910, era para a África. Começamos no Quénia em 1902, em 1915, Etiópia, em 1919, Tanzânia, em 1925, Moçambique. E depois, o dia de hoje, o Dia Mundial das Missões, era uma intuição que ele teve. Em 1912, animando outros superiores gerais de institutos missionários, propôs ao Papa Pio X que houvesse um domingo no ano onde toda a Igreja pudesse rezar, refletir e ajudar as missões.

O projeto de um Dia Mundial das Missões não passou, com o Papa Pio X, porque tinha outras preocupações, e estava já numa fase quase no final do seu pontificado. E depois essa ideia foi recuperada em 1927 pelo Papa Pio XI. A celebração, este ano é 98º domingo das missões, porque foi em 1927. Agora, o Beato Alamano no que diz respeito a mim pessoalmente e à minha diocese, tem uma particularidade. O último grupo de missionários que enviou para a África, já muito doente, próximo à sua morte, o último grupo que ele abençoou, já no leito, na cama, doente, ia para Moçambique. Os missionários da Consolata, o primeiro grupo de missionários da Consolata foi enviado para Moçambique e para a diocese Tete, concretamente, que ainda não existia como diocese, não havia nenhuma diocese em Moçambique então; foi em outubro de 1925. Portanto, o próximo ano faz 100 anos. Ele faleceu em fevereiro de 1926. Para mim, foi um grande missionário, não saindo do seu país, mas tendo o coração aberto à missão da Igreja.

 

E o Papa Francisco, que apesar das suas dificuldades, não se escusa a ir ao encontro, a estar próximo, é também, desse ponto de vista, exemplo do ser missionário?

Certamente que sim, porque as últimas duas visitas que ele fez foram muito difíceis. Uma, pela distância. Estamos a falar da Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste, Singapura. De facto, para as condições de saúde que tem, a idade, de facto, foi uma viagem muito esgotante, mas com muita alegria, com muita festa, com muito futuro, com muita esperança. O Luxemburgo e a Bélgica, mais próximo, mas com outros problemas.

 

E, particularmente, a Bélgica que foi muito tenso…

Tenso, sim. Mas teve a coragem de ir, e ir a outros lugares também, sem dúvida, complicados, mas onde precisa da sua presença.

 

Falamos da canonização do Padre José Alamano. Eu queria falar, muito brevemente, de vários projetos em que está muito empenhado, pessoalmente, de processos de canonização de mártires, em Moçambique. Mártires da Guiuá. Tem aqui, também, um livro à minha frente, sobre os Mártires da Chapotera. Qual a importância de recordar estas pessoas concretas, estes católicos, que deram a sua vida ao serviço da fé? 

Porque o martírio é uma dimensão original e sempre presente na vida da Igreja. A Igreja é una, santa, católica, apostólica e, também, martirial. E a Igreja de Moçambique, de facto, também tem essa dimensão de testemunho. O mártir é aquele que testemunha, que dá a vida pela sua fé, pelo seu Evangelho. E estamos a falar de duas causas que, de facto, são de pessoas que deram a vida por aquilo em que acreditavam. Os catequistas de Guiúa, os mártires de Guiúa são um grupo de famílias de catequistas, portanto, leigos, que estavam a formar-se num centro catequético para servir a Igreja, servir melhor a Igreja, e foram torturados, foram mortos, por causa da sua fé. Os mártires de Chapotera são dois missionários jesuítas, um moçambicano, o padre João Deus Kamtendza, e um português, o padre Sílvio Alves Moreira, que foram uma presença importante no contexto de guerra, de violência e também do comunismo. E souberam defender o povo, promover a paz, foram homens de fé, caridade e muita coragem. Por isso, o exemplo deles é necessário ser conhecido, porque, evidentemente, nós precisamos de exemplos, sobretudo a Igreja em África precisa de modelos de santidade e de martírio próprios do continente, e o Moçambique em particular.

 

O Dia Mundial das Missões é um desafio para que todas as comunidades católicas despertem esta dimensão de anúncio e evangelização. Sente que se perdeu algum dinamismo em Portugal nesta capacidade de ir ao encontro de outros povos, ou a missão ganhou novas formas? 

A missão ganhou novas formas, porque a missão também é aqui e, sem dúvida, há exemplos de presenças muito significativas, expostas a novos desafios pastorais atuais, e temos também a presença de não cristãos no nosso território. Nesse aspeto, sim, e é um caminho sempre aberto e a melhorar. No que diz respeito ao Espírito Missionário, essa dimensão Ad Gentes, sem dúvida, diminuiu. Eu penso que diminuiu.

Quando éramos menos e tínhamos menos possibilidades, acho que fomos mais longe e fizemos muito mais. E hoje podemos. Hoje podemos, temos outros meios, mas pronto, aquilo que não podemos é fechar-nos em nós mesmos e nos nossos problemas. Eu penso que a missão é uma janela aberta que nos faz ver mais longe e também receber ar fresco que precisamos, que é o ar do Espírito Santo.

 

Nesse sentido, e para fecharmos a nossa conversa, pergunto-lhe também se começa a sentir-se que esta lógica histórica, cultural, de a Europa como ponto de partida de missionários se comece a inverter e Europa poder ser um destino específico de missão também para estas igrejas em crescimento noutros continentes?

Boa pergunta. Eu estou a vir de Évora, da Arquidiocese de Évora e é uma diocese missionária no sentido que é um território missionário, mas aberta à missão. Eu este ano enviei para Évora quatro seminaristas que estão a estudar filosofia e teologia no seminário de Évora e esta arquidiocese recebeu também, é um seminário missionário. Temos lá jovens seminaristas de Angola, de Timor-Leste, de Cabo Verde, de Cuba e agora também de Moçambique. E enviei um sacerdote, também este ano, para trabalhar na Arquidiocese de Évora, em Samora Corrêa, já próximo Lisboa, que está a fazer mestrado em direito canónico na Universidade  Católica, e ao mesmo tempo está a servir pastoralmente na paróquia de Samora Corrêa, na Arquidiocese de Évora. É um exemplo e há outros exemplos em Portugal de abertura à missão, de colaboração. Eu penso que sim.

E também a igreja de missão, que foi objeto de missão, hoje já começa a ser sujeito de evangelização e devemos dar do muito que recebemos.

 

Mesmo para fecharmos, olhando para a forma como as comunidades da sua diocese vivem a fé, o que é que gostaria que as comunidades portuguesas pudessem aprender com elas? 

Sobretudo a alegria de ser cristão e o compromisso e deixar para trás aquela visão de que a igreja é dos outros, é do padre, é do bispo, e sobretudo assumir mais o seu compromisso batismal, ser igreja, porque a igreja, como o Papa nos repetiu aqui, em Portugal, é de todos e é para todos.

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