Adopção: CEP pede que a prioridade sejam as crianças

Documento episcopal sobre a situação dos menores será discutido na assembleia plenária de Novembro A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) está a ultimar um documento sobre a situação das crianças em dificuldade, no qual se exige que a prioridade sejam as crianças e não os “pretendentes à adopção”, incluindo os casos das uniões entre pessoas do mesmo sexo. “Devemos proteger as crianças e não propriamente pensar naqueles que desejam ter uma criança como pais adoptivos. O maior bem da criança (deve estar) sempre em primeiro lugar”, disse à ECCLESIA o novo secretário da CEP, Pe. Manuel Morujão. No final do Conselho Permanente da CEP, que decorreu em Fátima esta Terça-feira, o Pe. Morujão afirmou que a Igreja está atenta às crianças “esquecidas”, frisando que “há muitos casos problemáticos, com famílias divididas, falta de assistência”. Quanto à discussão em curso sobre as uniões homossexuais, este responsável assinala que a Igreja é “compreensiva e acolhe todas as pessoas”, sem deixar de “dar prioridade à defesa da instituição da família”, que neste momento “já tem as suas fragilidades” e se poderia ver, assim, mais debilitada. “A linha da Conferência Episcopal vai no sentido de reforçar as estruturas, a estabilidade do casal e da família”, acrescentou. Questionado sobre a possibilidade de se abrir a adopção às uniões homossexuais, o Pe. Manuel Morujão precisou que a referência deve ser sempre “o maior bem da criança”. “É preciso encontrar as condições para que a criança possa ser acolhida, depois de uma experiência que normalmente é traumática”, disse ainda. Diante de um quadro de nova legislação no campo do divórcio, o secretário da CEP observa que são os menores “os mais prejudicados quando há um problema deste género” e quem “paga a factura maior, sem ter culpa nenhuma dos problemas”. “O que interessa à Igreja é reforçar a instituição da família e a protecção da parte mais vulnerável, que são as crianças”, prosseguiu. Numa reunião quer serviu, sobretudo, para planear a Assembleia Plenária de Novembro, foram ainda discutidos documentos sobre a escola e alguns estatutos de associações.

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