D. Rui Valério elogiou «abertura total» que marcou processo lançado pelo Papa
Lisboa, 09 out 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou que a XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, a decorrer no Vaticano, criou uma “consciência missionária” nas comunidades católicas, saudando o processo lançado pelo Papa há três anos.
“O Sínodo, ele próprio, foi uma obra inspirada e inspiradora para todos nós”, referiu D. Rui Valério à Agência ECCLESIA e Renascença, esta quarta-feira, após a apresentação do programa do Patriarcado para o Jubileu 2025.
O responsável elogiou a “abertura total a todos os setores ou a todos os níveis do povo cristão”, com a consulta global pedida pelo Papa em 2021, sublinhando que “todos são chamados a participar, e todos são chamados a pronunciar-se e a pronunciar a sua voz, desde os leigos, aos diáconos, aos seminaristas, aos religiosos, aos sacerdotes, aos bispos, aos cardeais”.
O patriarca de Lisboa destacou que a Igreja é chamada a ser “fator de transmissão de uma Boa Nova e, portanto, de uma força capaz de iluminar existências e de as transformar”.
“A Igreja foi instituída num contexto de missão, de realização da missão”, acrescenta.
A assembleia sinodal, com o tema ‘Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão, missão’, começou com a auscultação de milhões de pessoas, pelas comunidades católicas, em 2021; a primeira sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo decorreu em outubro de 2023.
“Há aqui um tomar de consciência que, na minha perspetiva, é o grande dom e o grande contributo deste Sínodo: a Igreja ou é missionária ou não existe”, conclui.
O Sínodo dos Bispos, instituído por São Paulo VI em 1965, pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) está representada pelo seu presidente, D. José Ornelas, e por D. Virgílio Antunes, vice-presidente do organismo.
O cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal, está presente na segunda sessão da Assembleia Sinodal por nomeação do Papa Francisco; já o cardeal Tolentino Mendonça participa na sua condição de prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação (Santa Sé).
Além dos quatro responsáveis portugueses, participam também nesta segunda sessão, o padre Miguel de Salis Amaral, docente da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma, integrando o grupo de peritos (teólogos, facilitadores, comunicadores); o padre Paulo Terroso, da Arquidiocese de Braga, e Leopoldina Simões, assessora de imprensa, no grupo dos “assistentes e colaboradores”.
CB/OC