Francisco recorda primeiro aniversário do ataque terrorista do Hamas, apelando à libertação dos reféns
Cidade do Vaticano, 06 out 2024 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje a um cessar-fogo “imediato” no Médio Oriente, que ponha fim aos ataques entre Israel, Palestina, Líbano e Irão.
“Apelo a um cessar-fogo imediato em todas as frentes, incluindo no Líbano. Rezemos pelos libaneses, especialmente pelos habitantes do sul, que são obrigados a abandonar as suas aldeias”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.
“Apelo à comunidade internacional para que ponha fim à espiral de vingança e para que impeça ataques como o que foi levado a cabo pelo Irão há alguns dias, que podem mergulhar aquela região numa guerra ainda maior”, acrescentou.
A7 de outubro de 2023, um ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita fez mais de mil mortos, na maioria civis, e 251 reféns.
“Amanhã faz um ano do ataque terrorista contra o povo de Israel, a quem renovo a minha solidariedade. Não nos esqueçamos de que ainda há muitos reféns em Gaza, para os quais apelo à sua libertação imediata”, referiu Francisco.
“Desde esse dia, o Médio Oriente mergulhou num sofrimento cada vez maior, com ações militares destrutivas que continuam a afetar a população palestina”, observou ainda o Papa.
Em retaliação, Israel iniciou operações contra o Hamas na Faixa de Gaza, provocando pelo menos 41 467 mortos e 95 900 feridos, além de mais de 10 mil desaparecidos, segundo números do Ministério da Saúde local.
O Papa recordou o sofrimento das populações em Gaza e noutros territórios, “na sua maioria civis inocentes, todos eles pessoas que devem receber a ajuda humanitária de que necessitam”.
Israel iniciou na terça-feira uma incursão terrestre no Líbano contra o grupo militante Hezbollah, após uma série de bombardeamentos e ataques recíprocos na fronteira entre os dois países.
Todas as nações têm o direito de existir em paz e segurança e os seus territórios não devem ser atacados ou invadidos. A soberania deve ser respeitada e garantida pelo diálogo e pela paz, não pelo ódio e pela guerra”.
Francisco convidou todos a rezar pela paz, recordando que esta tarde, pelas 17h00 (menos uma em Lisboa), vai recitar o Rosário na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, “para invocar a intercessão da Mãe de Deus”.
“Amanhã será um dia de oração e de jejum pela paz no mundo. Unamo-nos com a força do bem contra as conspirações diabólicas da guerra”, prosseguiu.
Esta jornada de oração foi convocada na Missa de abertura da XVI Assembleia Geral do Sínodo, na última quarta-feira.
OC