Aprofundar reflexão sobre a ética na Internet

«Internética» enfrenta dificuldade de saber quem pode ou deve regular, mas é possível propor códigos capazes de evoluir A criação de um “código moral na Internet” foi o tema discutido na conferência conclusiva do primeiro dia de trabalhos das Jornadas Nacionais de Comunicações Sociais, a decorrer em Fátima sobre o tema “Evangelho Digital”. Jorge Wemans, director da RTP 2, admitiu que há dificuldade para saber quem regula, mas defendeu ser possível construir e propor um código de comportamento ético dos fornecedores de Internet, que possa evoluir, para construir “alguns marcos”. O especialista advogou uma espécie de “bola verde” nos sites, numa abordagem mais positiva aos conteúdos da Internet. Neste contexto, frisou que “policiar a Internet é muito difícil”, mas deve ser respeitado o patamar da Lei, para “agir de forma expedita contra abusos notórios”, através de uma “acção rápida e coordenada”. “A Internet, por si, não coloca questões que altere códigos deontológicos ou que mereça novas normas” por parte de utilizadores profissionais na comunicação social, indicou ainda. No entanto, afirmou que a mesma “agudiza a necessidade de ter consciência de normas deontológicas”. Já o director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, Pe. António Rego, lembrou que na Internet é possível o “acesso a milhares de milhões de produtos do sublime ao aviltante”. “Nós estamos num domínio incontrolável”, assinalou, depois de ter destacado que a informação não surge por “geração espontânea”. Por isso, apelou a um entendimento que permita “o controlo desta matéria explosiva que anda nas mãos de crianças e jovens indefesos”. “São necessárias algumas regras para navegar neste mar”, concluiu.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top