Comunicações Sociais: A Inteligência artificial é uma «oportunidade única» para pensar «para onde é que que queremos caminhar» – Mara de Sousa Freitas

Diretora do Instituto Bioética da Universidade Católica Portuguesa refletiu sobre os desafios éticos que a tecnologia coloca

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Fátima, 27 set 2024 (Ecclesia) – A diretora do Instituto Bioética da Universidade Católica Portuguesa (UCP) afirmou hoje, nas Jornadas Nacionais e Comunicação Social 2024 (JNCS), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em Fátima, que a Inteligência Artificial é uma ocasião para refletir sobre o futuro da humanidade.

“A Inteligência Artificial é uma oportunidade única de nós pensarmos o que é que, de facto, nós queremos, para onde é que nós queremos caminhar”, referiu Mara de Sousa Freitas.

Na conferência de encerramento das JNCS com o título “Inteligência artificial: desafios éticos”, a diretora do Instituto de Bioética da UCP abordou o acelerar do crescimento da tecnologia que vem colocar desafios.

“A mudança, a evolução, é desejável, é sadia”, mencionou a conferencista, acrescentando que o que está em causa é a “dimensão do tempo”, da ocorrência dos fenómenos “a uma velocidade vertiginosa ainda não compatível com aquilo que é a capacidade de o humano adaptar-se”.

“Outrora, tínhamos dezenas de anos em pequenas mudanças que a sociedade sofria. Atualmente, temos mudanças a cada dia, as quais […] simplesmente nos são impostas”, assinalou.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Para Mara de Sousa Freitas, “uma das questões centrais da Inteligência Artificial é o culto de um pensamento crítico e de uma consciência moral, clara e inequívoca” de cada um sobre as próprias escolhas e decisões.

A diretora do Instituto Bioética da UCP defende que a “Inteligência Artificial deve ser centrada na pessoa”.

“A IA existe, perdurará e evoluirá, dependendo ou não daquela que é a ação humana”, destacou.

“Devemos ou não devemos fomentar a IA, devemos utilizá-la ou não devemos, que efeitos é que isto terá no futuro daquela que é a interação entre pessoas?” questionou, sublinhando que esta veio modificar a forma como seres humanos comunicam, se relacionam, aprendem e ensinam e avaliam.

“A pergunta que deve guiar a nossa ação é: que valores queremos ter no futuro da humanidade? Quais as virtudes a educar e a colocar em prática?”, salientou no final da intervenção.

‘Jornalismo e Inteligência artificial’ foi o tema das Jornadas Nacionais de Comunicação Social, que decorreram esta quinta e sexta-feira, sendo seguidas de uma sessão de homenagem ao padre António Rego, antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Conferência Episcopal Portuguesa.

LJ/OC

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