Portugal: Cónego António Rego condecorado pelo presidente da República

Sacerdote e jornalista recebeu as insígnias da Ordem do Infante D. Henrique

Foto Agência ECCLESIA/PR

Lisboa 26 set 2024 (Ecclesia) – O cónego António Rego foi hoje condecorado pelo presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique.

Na cerimónia de entrega das insígnias honoríficas, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a comunicação “com proximidade” realizada pelo cónego António Rego, assim como a sua capacidade de dar um “conselho avisado, senatorial, prudente”.

O cónego António Rego recebeu a condecoração com sentimentos de “gratidão às comunidades”, aos serviços por onde passou e até ao que “ficou por fazer.

“Manifesto gratidão às comunidades que acompanhei, aos serviços que prestei e a quanto ficou por fazer e que no meu coração teve o ardente desejo de realizar”, disse à Agência ECCLESIA.

“Tenho uma grande gratidão no meu coração por Deus me ter sustentado na sua mão generosa, em cada minuto da minha existência, para que eu nunca desistisse nem subestimasse este mistério da minha vocação, primeiro a de batizado e a de presbiterado”, acrescentou o sacerdote, que este ano celebra 60 anos de ordenação.

O cónego António Rego disse não ser “modelo”, lembrando as comunidades que teve oportunidade de “percorrer, informar, evangelizar”.

De acordo com a informação no portal da Presidência da República, “a Ordem do Infante D. Henrique destina-se a distinguir quem houver prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua história e dos seus valores”.

Esta sexta-feira, o cónego António Rego vai ser homenageado pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Conferência Episcopal Portuguesa, numa sessão intitulada ‘António Rego: 60 anos de sacerdócio e jornalismo’, que se realiza na tarde do segundo dia das Jornadas Nacionais de Comunicação Social, em Fátima, na Domus Carmeli.

A homenagem inclui um ‘Diálogo do Padre António Rego com Carlos Liz e José Lopes Araújo, respetivamente o antigo diretor de Marketing da TVI e o antigo diretor das Relações Institucionais e Arquivo da RTP, com moderação de Paulo Rocha, diretor da Agência ECCLESIA.

A homenagem ao padre António Rego vai iniciar-se com uma intervenção da diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, e D. Nuno Brás, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, encerra a sessão realizada nas JNCS2024.

O cónego António Rego, juntamente com o  falecido cónego João Aguiar Campos, que também foi o diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (2011-2016), recebeu o Prémio de Jornalismo D. Manuel Falcão, durante a sessão de apresentação do 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, no dia 5 de maio de 2016.

PR

Natural das Capelas, na Ilha de São Miguel, onde nasceu em 1941, o padre António Rego foi ordenado sacerdote no dia 21 de junho de 1964, iniciando o seu ministério em Angra do Heroísmo, até ser enviado para trabalhar na comunicação social, em Lisboa.

Ao longo de mais de 50 anos como padre e jornalista, o padre Rego foi autor dos programas “Hoje é domingo”, “Nota do Dia”, “Meditando”, “Diálogo com os que Sofrem”, “Esquema XIII”, “Verdade e Vida”, “Andar faz caminho”, “Toda a Gente é Pessoa”, “O homem sem tempo”, “Alfa e Omega”, “70×7”, “Palavra entre palavras”, “Reflexo”, “Oitavo Dia”.

Primeiro na rádio e nos jornais, na Diocese de Angra, o sacerdote trabalhou na Renascença, entre 1968 e 1975, e, até 1992, nos jornais nacionais, nos canais nacionais da rádio e na televisão públicas, no cinema, nas cooperativas audiovisuais e no Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

Convocado desde o início para o projeto TVI, iniciou como diretor de informação da estação que começou as emissões em fevereiro de 1993 e nela continuou como coordenador de programas religiosos, da transmissão da missa e depois como autor, produtor e realizador do programa “Oitavo Dia”.

O regresso à direção do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, em 1996, correspondeu também à conclusão do diálogo entre as confissões religiosas radicadas em Portugal para uma presença conjunta na rádio e na televisão públicas, com o programa “A Fé dos Homens”, primeiro na RTP2, desde 15 de setembro de 1997, e depois na Antena, a partir dia 1 de novembro de 2009.

Após 23 anos de colaboração na TVI e 52 anos de trabalho pastoral realizado a partir da Diocese de Lisboa, onde se incardinou e era cónego da Sé Patriarcal, o padre António Rego regressou aos Açores em fevereiro de 2020, no início da pandemia, encontrando-se a residir com a família.

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