Vários representantes do Vaticano defenderam no V Congresso Mundial da Pastoral para os Migrantes e Refugiados, a decorrer em Roma, o direito à identidade das minorias culturais. O cardeal Paul Poupard explicou que “assim como todo o ser humano tem direito ao reconhecimento e ao respeito da própria individualidade, toda a minoria cultural tem direito ao reconhecimento da própria identidade”. “Trata-se de um direito que a valoriza aos olhos da sociedade e facilita sua integração no conjunto dos povos. Se não for respeitado é, pelo contrário, fonte de humilhação, suscita uma forte reivindicação e adquire, muito frequentemente, a forma de uma violência extrema”, alerta. O secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, D. Agostino Marchettto, afirmou também que “a imigração forçada ou voluntária evidencia uma transformação profunda das instituições e as pessoas para criar e viver uma cultura do acolhimento, um amor cristão que não é nem cego nem folclórico, mas autêntico, pelas diversas culturas, utilizando, além da hospitalidade, a gramática do diálogo, do respeito recíproco e da convivência inter-cultural e inter-religiosa”. Por sua vez, D. Pier Luigi Celata, secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, destacou que “entre as exigências decorrentes do fenómeno crescente das migrações e dos refugiados encontra-se a de dar vida a um pluralismo de etnias, culturas e crenças”.