Igreja: Diocese de Angra vai começar novo ano pastoral nos 490 anos da sua fundação

Coordenadores da Pastoral e da Formação estão a preparar ano 2024/2025 com serviços, movimentos e ouvidorias

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Angra do Heroísmo, Açores, 20 set 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Angra vai iniciar a 3 de novembro o novo ano pastoral 2024/2025, em que celebra os 490 anos da sua fundação, com o objetivo de “passar da pastoral do evento ao processo”.

“O salto é passar da pastoral do evento ao processo. É preciso que a sua vivência traga consequências práticas para a vida das comunidades”, explicou o coordenador da Pastoral, observando que os eventos “existirão sempre”, mas pode mudar a forma como os preparam, vivem e, continuam, refere o portal online ‘Igreja Açores’.

O ano pastoral 2024/2025 da Diocese de Angra está a ser preparado entre as coordenações da Pastoral e da Formação com os serviços, os movimentos e as ouvidorias, no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada.

Para além da calendarização, estão a desenvolver um trabalho conjunto de reflexão, que tem como “pilares essenciais” a celebração do Jubileu da Esperança (2025), “que também terá um momento alto”, – “as diretrizes têm como pano de fundo o Jubileu” – e a realização de uma Assembleia conjunta dos Conselhos Presbiteral e Pastoral Diocesano, que “vai ditar as bases da caminhada até 2034”, os 500 anos da fundação da Diocese de Angra.

“A lógica dos triénios, que estamos a trabalhar na preparação da Assembleia conjunta,  pode fazer com que haja uma pastoral de processo, há um fio condutor, com objetivos concretos e com clero e leigos a pensar”, exemplificou o padre Jacob Vasconcelos.

A Diocese de Angra tem um clero novo, mas sem abundância de vocações sacerdotais, e a realidade “vai acabar por impor uma reestruturação”, mesmo que não tenham “vontade de alterar a mentalidade”, assinalou o coordenador da Pastoral, indicando que apostam “na formação permanente dos leigos”.

“Há muita gente capaz: Uns já são fermento, outros ainda não tiveram a sua oportunidade, mas acredito, sem profecias, que a certa altura a realidade impor-se-á e haverá mais gente envolvida e com mais vontade de assumir o compromisso”, desenvolveu o padre Jacob Vasconcelos.

O padre Nelson Pereira, coordenador da Formação diocesana, lembra que “a formação faz parte da vida pastoral da Igreja”, e na Diocese de Angra têm “muitos recursos”, destacando que existem dois polos “fundamentais”, a “formação doutrinal” e a necessidade de “criar líderes que possam desenvolver um trabalho com os párocos”.

“Queremos oferecer diversos tipos de formação. Estamos num período de auscultação para que esta oferta formativa seja mais enriquecida e vá ao encontro das necessidades do terreno”, acrescentou.

Segundo o coordenador da Formação, a diocese não pode por de lado “o seu potencial formativo” e explica que a “orientação do Conselho Presbiteral” é aproveitar a bolsa de formadores do Seminário diocesano e “transformá-lo num polo dinamizador de formação”, sem esquecer o Instituto Católico de Cultura, os professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), e a formação das ouvidorias, potenciada através de plataformas digitais.

O portal ‘Igreja Açores’ informa que a abertura de um curso de Bíblia e Espiritualidade vai ser a primeira iniciativa, no segundo semestre do novo ano pastoral, com uma leitura orientada do Livro do Génesis, para além de formações específicos na pastoral litúrgica (coralistas, organistas, Ministros Extraordinários da Comunhão, ornamentação).

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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