Fátima acolhe encontro sobre «Jornalismo e Inteligência Artificial», nos dias 26 e 27 de setembro, que inclui dois workshops sobre a utilização de ferramentas da IA nesta área
Lisboa, 17 set 2024 (Ecclesia) – O Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor) vai apresentar, nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social 2024, “formas inovadoras de encarar a produção e distribuição de conteúdos, que podem vir a alterar os próprios processos mentais”.
A Domus Carmeli, em Fátima, vai acolher, nos dias 26 e 27 de setembro, o encontro que tem como tema “Jornalismo e Inteligência Artificial” e que vai incluir dois workshops sobre a utilização das ferramentas da IA para o jornalismo, conduzidos pelo Cenjor.
“As ferramentas, atuais ou futuras, não são o mais relevante, mas se quiserem saber o melhor que a IA generativa oferece aos jornalistas, venha às jornadas de comunicação social para saber mais”, convida o Cenjor.
O Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas considera que “enquanto tecnologia disruptiva, a IA generativa vem trazer tanto de desejável como de assustador, pois para cada oportunidade irá surgir um risco”.
“Mas, tal como no passado a transformação do analógico para o digital acabou por se revelar um passo gigantesco na produção de conteúdos, na redução de custos de produção, e no alargar das capacidades criativas dos jornalistas, também a IA generativa é, pelo menos, uma nova realidade tecnológica, que oferece novas formas de produzir, distribuir e otimizar conteúdos, simplificando tarefas repetitivas e permitindo mais tempo para trabalho humano e criativo”, defende o Cenjor.
Sobre a colaboração com instituições externas em projetos de formação destinados aos jornalistas, o Cenjor refere que o seu papel “tem sido, ao longo de quase 40 anos, construir de forma decisiva para a formação e capacitação” destes e dos “profissionais dos media em Portugal”.
“Quase quatro décadas passadas, o Cenjor continua focado na sua missão, e muito atento a todas as transformações do mundo, da comunicação, do jornalismo, das ferramentas e das perspetivas futuras, tentando garantir que os jornalistas portugueses estão bem preparados para todos os desafios, sejam eles estratégicos ou do quotidiano”, salienta.
Num futuro próximo, o Cenjor “irá procurar estar mais próximo dos jornalistas e dos meios, nomeadamente, investindo em formação mista (b-learning), de forma a chegar mais facilmente a profissionais de todo o país”.
O primeiro dia das Jornadas Nacionais de Comunicação Social 2024 inicia-se com as intervenções de D. Nuno Brás, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, e Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.
Francisca Seabra, CEO Burson, uma agência de comunicação e Relações Pública, leva a cabo a conferência de abertura sobre “Comunicação, criatividade e inteligência artificial”. Depois de um intervalo, às 16h, o Cenjor inicia meia hora depois o Workshop 1 “Ferramentas da IA para o jornalismo” e, às 18h, realiza-se o segundo workshop “Ferramentas da IA para o jornalismo II” com exercícios práticos por grupos. No segundo dia, a manhã começa com a Missa no Carmelo de Fátima (08h00) e, depois de um pequeno-almoço, tem lugar uma mesa redonda sobre “Jornalismo artificial?”, com a moderação de Octávio Carmo, chefe de redação da Agência ECCLESIA. O padre Miguel Neto, da Diocese do Algarve, fala sobre Literacia mediática para todos, todos, todos, Isadora Ataíde Fonseca, da faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa debruça-se sobre a «Verdade entre confrontos de certezas»; e a jornalista do Expresso Joana Beleza sobre «Inteligência Artificial e Jornalismo: uma Carta de Princípios». A conferência de encerramento (11h30) é protagonizada por Mara de Sousa Freitas, diretora do Instituto Bioética/UCP, com foco na Inteligência artificial: Desafios éticos”, moderada pelo padre Tiago Melo, jornalista e diretor-geral da Paulus. O período da tarde é dedicado a uma homenagem ao padre António Rego no contexto dos 60 anos de ordenação sacerdotal, evocando o percurso do sacerdote açoriano, nomeadamente o trabalho em diferentes órgãos de comunicação. José Lopes Araújo, da RTP, e Carlos Liz, que fez parte da fundação da TVI, vão participar numa tertúlia com o padre António Rego, com moderação de Paulo Rocha, diretor da Agência ECCLESIA, sobre o percurso do sacerdote e jornalista, marcado pelo trabalho na comunicação social desde a ordenação sacerdotal. |
LJ/PR