Religiosidade popular sentida nas vilas e aldeias

Nas aldeias, vilas e cidades, por esse país fora, a festa anual, em honra de Deus e dos Seus Santos, é um dia muito especial. A religiosidade é sentida com mais fervor nos corações e o profano assenta que nem uma luva nos corpos calejados pela contínua força braçal. Até o repasto muda, radicalmente, em iguarias; depois, o vinho a dar ao Povo e o direito a ser Rei temporal. Foi o que aconteceu, no Domingo, dia 24, no Monte de São Leonardo de Galafura. A devoção levou ao miradouro natural molduras de peregrinos, para visitarem e venerarem São Leonardo, monge de origem francesa, das terras de Limoges. O Pe Aníbal (pároco de Galafura) e o Pe Artur Gomes ofereceram, à assistência, respigos bíblicos de cristianizada elevação, nos actos religiosos. Depois, durante a refeição campal, tendo como protector solar o sobreiro e seus congéneres, mordomos pegaram ao colo São Leonardo, Nossa Senhora de Fátima e Santa Bárbara, dando-os a beijar. Tratando-se de um lugar privilegiado pela sua elevação natural, na procissão, os andores e as figuras bíblicas deram a ilusão de que se caminhava em ascensão. O Monte de São Leonardo, Altar do Mundo. Miguel Torga teve iluminação divina, ao eternizá-lo. É a proa de um veleiro majestoso, rodeado de ondeadas parras verdes, a darem vida ao mosto. Redacção/Voz de Trás-os-Montes

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