Brigantinos honram e celebram Nossa Senhora das Graças

Os fiéis de Bragança saíram à rua para participar na Celebração em Honra de Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade. Após nove dias de intensa oração, manifestada nas celebrações marianas, que tiveram lugar na igreja de Santa Clara, foi no dia 22 de Agosto que as festas atingiram o seu ponto culminante, com a celebração da Eucaristia na Catedral e a procissão pelas ruas da cidade. O Templo encheu-se de fiéis para participarem na Eucaristia, presidida por D. António Montes, bispo de Bragança-Miranda. O prelado, durante a homilia, elogiou a presença das várias autoridades civis nesta celebração litúrgica que se enquadra “numa concepção aberta de laicidade do Estado ao exprimir uma atitude de valoração positiva de dimensão religiosa das pessoas e das comunidades como factos de promoção da dignidade humana e da harmonia e coesão social”. D. António Montes reflectiu, ainda, sobre os dois «títulos» complementares de Maria, o de Nossa Senhora Rainha e Nossa Senhora das Graças. “Rainha porque, tendo vivido sempre na terra cumprindo a vontade de Deus, vive agora a união com Deus na glória celeste; Senhora das Graças, porque, em união e dependência de seu divino Filho Jesus Cristo, nos comunica os dons da salvação eterna”, referiu. O bispo diocesano interrogou ainda, “estamos nós bem conscientes da responsabilidade e da dignidade de sermos filhos de Deus e de vivermos como filhos de deus?”. Para o prelado, havia muita coisa de diferente, para melhor, a vida do cristão se todos vivessem nessa condição, cumprindo a vontade de Deus. Mas para tal, D. António Montes considera que “devemos imitar a atitude obediente de Maria, bem manifestado no Evangelho que foi lido, o da anunciação”, frisou. Sobre a procissão, o pastor diocesano sublinhou que é uma manifestação de fé que envolve um compromisso. “O compromisso de não nos limitarmos a transportar e a ver passar a imagem da Senhora e de outros santos, mas o propósito firme de levarmos sempre para as ruas da cidade e para os caminhos da vida o testemunho coerente e fiel do nosso compromisso de cristãos”, afirmou D. António Montes. Finda a Eucaristia, iniciou-se a procissão da Catedral para a igreja de Santa Clara, reunindo milhares de fiéis pelas ruas da cidade. No final do “percurso devocional”, Frei Acácio Sanches, sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, fez a alocução que incidiu na confiança em Maria que “vem ao nosso encontro e por isso sentimo-nos protegidos e viemos ter com ela mostrar a nossa gratidão”. O presbítero afirmou que Maria, no seu santuário, tem sempre as portas abertas. “Não deixemos de vir ao seu encontro, visitá-la com frequência porque ela é nossa Mãe”, frisou. O P. Acácio Sanches considera que a oração tem um papel preponderante no acolhimento das Graças de Maria. “Temos de lhe saber pedir e saber agradecer com fé de quem sabe que é escutado”, sublinhou. O sacerdote interrogou, ainda, sobre o tempo que os cristãos «dedicam» a Maria e comparou-o ao que destinam à televisão.

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