Perante a crise política que a Bolívia atravessa, a Conferência Episcopal do país fez no um apelo à pacificação e reiterou sua disponibilidade para promover o diálogo político entre o governo e a oposição. O secretário-geral adjunto do organismo episcopal declarou que o papel da Igreja é de “facilitação e não mediação”. O arcebispo de La Paz, D. Edmundo Abastoflor, recomendou preservar a unidade, porque “não nos podemos desagregar”. Os bispos indicam que procuram ajudar “na medida de nossas possibilidades para que o país prossiga, para que nossos irmãos mais pobres possam sair da situação de pobreza, para que haja mais respeito e igualdade entre todos os bolivianos”. O comunicado foi divulgado após uma reunião no palácio de governo entre o presidente Evo Morales e representantes das diferentes confissões religiosas no país. Durante a reunião, o presidente Morales pediu aos participantes que rezem pela unidade e a justiça social na Bolívia, como resposta às suas expressões de preocupação pela situação política. A Igreja Católica procura uma saída para a crise política na Bolívia. Segundo o sitio da Internet da conferência Episcopal da Bolívia, “percebe-se com maior clareza o clamor do povo boliviano, que quer o diálogo verdadeiro entre os principais líderes nacionais e regionais”. O Pe. Eugenio Scarpellini, secretário-geral adjunto da Conferência Episcopal Boliviana, apontou a necessidade de um diálogo “mas numa pré-disposição sincera de ambas as partes”. O sacerdote apelou aos líderes políticos e sociais para que demonstrem com atitudes de abertura e escuta a sua vontade de sentar à mesa das negociações. O secretário-geral adjunto explicou que o trabalho da Igreja é permanente e muitas vezes silencioso e pediu a todos “uma contribuição com atitudes positivas e de verdadeiro encontro”, e, aos fiéis, “apoio na oração para que Deus ilumine as mentes e os corações”. O Pe. Scarpellini expressou também o interesse e proximidade de Bento XVI pela situação que o país vive. Redacção/Zenit