Diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa relata como foram vividos os 12 meses após o encontro, os projetos desenvolvidos e de que forma se vai celebrar o evento que mobilizou a capital
Lisboa, 02 ago 2024 (Ecclesia) – O diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa afirmou que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 “foi uma semente que foi lançada” e que “calmamente” foi “germinando” e que, agora, o “caminho se torna mais nítido”.
“Percebe-se que este grande evento, que este grande momento que foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), agora, um ano depois, traz grandes desafios. Traz grandes desafios aos jovens, traz grandes desafios à própria igreja, no seu todo”, afirmou João Clemente, em declarações à Agência ECCLESIA.
O responsável refere que, através do contacto que o Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa vai tendo com as paróquias e movimentos, percebe-se que “há um alicerce montado, a construção de uma casa” e que, durante este ano, “não se percebeu muito bem o que é que estava a acontecer”.
“Chegado agora a esta altura, começamos a ver a casa a surgir e que será uma construção sempre inacabada, porque a jornada, eu diria que, durante muitos e muitos anos, as pessoas terão memória dela, os frutos continuarão a brotar e é uma grande alegria”, assinala.
João Clemente destaca que ao longo destes 12 meses, era preciso haver um “justo equilíbrio” entre momentos que congregavam toda a gente, promovendo nomeadamente a Jornada Diocesana da Juventude, a peregrinação a Fátima para agradecer a jornada, a via-sacra após a quaresma e as vigílias da misericórdia pela diocese.
“Fomos percebendo que isso era uma parte importante, mas não podia ser o centro daquilo que era o trabalho com os jovens”, assume o diretor do Serviço da Juventude, mencionando que, desta forma, foram surgindo “projetos novos”, que mais do que uma “resposta para todos”, podem “ser uma proposta para alguns”.
O itinerário para reler a jornada “E agora?”, com os discursos e homilias do Papa Francisco na JMJ; a “Missão Agora”; a Escola de Acompanhadores e o Coro Diocesano da Juventude são alguns dos exemplos.
“Todos estes projetos não são projetos de massa, são projetos para alguns, e cada um vai-se sentido chamado àquilo que são estas propostas, seja de aprofundamento espiritual, seja de crescimento a nível da formação, seja a nível artístico, ao nível também de perceber o seu lugar no mundo, a sua vocação”, salienta o responsável.
O diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa sublinha que alguns destes projetos “não eram visíveis, porque estavam em construção”, mas olhando para trás é percetível que “muita coisa, de facto, aconteceu”.
“E agora já com o horizonte, também, no Jubileu de 2025, que será novamente um grande momento de mobilização dos jovens”, acrescenta.
Recordando a JMJ Lisboa 2023, o responsável abordou ainda a dimensão estética que esteve muito presente na edição realizada em Portugal: “A comunicação e a beleza também são, por si, evangelização. E se nós queremos apresentar um Cristo vivo de uma forma amorfa, cansada, triste, sem beleza, sem entusiasmo, os jovens não vão acreditar nisto”.
João Clemente aponta que “um dos grandes desafios da Pastoral da Juventude é o investimento que é necessário fazer”.
“Eu acho que um dos frutos da jornada, e que é visível, é que na jornada houve a necessidade de procurar recursos para que a jornada pudesse acontecer. E recursos humanos, recursos físicos, recursos financeiros, para que aquilo acontecesse. A jornada não aconteceria se esses recursos também não existissem”, enfatiza.
O responsável defende que “é muito importante” que “desde a paróquia, à Conferência Episcopal”, se olhe para aquilo que “é necessário de recursos como um investimento que se está a fazer na Pastoral e não como um gasto”.
O testemunho de João Clemente vai estar inserido no programa ‘70×7’ do próximo domingo, transmitido pelas 7h30, na RTP2, dedicado ao tema de um ano depois da JMJ Lisboa 2023.
HM/LJ/PR
O Patriarcado de Lisboa vai celebrar o 1ºaniversário da JMJ Lisboa 2023 em dois tempos diferentes.
Num primeiro momento, uma celebração eucarística, presidida pelo patriarca de Lisboa, vai realizar-se na Sé, no dia 6 de agosto, pelas 19h00 e, mais tarde, em outubro, um encontro nacional da juventude, com o nome “Rejoice!”, decorre nos dias 19 e 20 de outubro, no Pavilhão de Portugal. Segundo João Clemente, será não só uma “grande festa e agradecimento da jornada”, como um lançamento do jubileu. “Aquilo que se pretende é que durante este fim de semana os jovens vindos do país inteiro, aqui para Lisboa, façam a experiência da jornada”, indica o responsável. |