JMJ Lisboa/1º aniversário: Missa de Abertura foi o «primeiro grande impacto» da participação dos jovens

D. Américo Aguiar recorda, ao longo dos próximos dias, os eventos da jornada, refere-se à preparação ao longo de quatro anos, à cooperação com as entidades públicas e privadas e o pedido do Papa de fazer chegar o «convite a todos»

Foto JMJ Lisboa 2023/Sebastião Roxo, Missa de Abertura

Lisboa, 01 ago 2024 (Ecclesia) – O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 afirmou que os dias anteriores à jornada foram vividos com “ansiedade e confiança”, recorda as polémicas em torno do palco e diz que o “primeiro grande impacto” aconteceu na Missa de Abertura.

“O primeiro grande impacto, para mim, foi a Missa do Abertura, porque não costuma ter grande participação, e surpreendeu-nos. Deu-nos uma amostra da moldura! E o cenário natural é belíssimo, com o Tejo ao fundo”, afirmou.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. Américo Aguiar recorda cada dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e também o que aconteceu em todas as dioceses, no tempo de preparação e nos dias anteriores; após a publicação na Agência ECCLESIA, entre os dias 31 de julho e 6 de agosto, o conteúdo será publicado integralmente pela Paulus Editora por ocasião da celebração nacional do primeiro aniversário da jornada, em outubro.

No dia 1 de agosto de 2023 decorreu, na Colina do Encontro, a Missa de Abertura da JMJ Lisboa 2023, presidida por D. Manuel Clemente, então patriarca de Lisboa, que revelou a vontade dos jovens quererem participar no “encontro com Cristo, com a Eucaristia”.

Nós não mandámos naqueles jovens! Aqueles jovens estão ali porque querem, porque se não quiserem, não estão… Estarem ali tantas horas, ao sol, com sede, desconfortáveis, é porque querem esse encontro, esse encontro com Cristo, com a Eucaristia”.

Na entrevista, o coordenador-geral recorda os vários momentos da preparação da JMJ e sublinha o apelo do Papa de fazer chegar o convite a todos os jovens.

“Ele dizia ‘chegar o convite a todos os jovens’. Que eles não venham, é decisão deles. Mas não queria que nenhum jovem, em qualquer parte do mundo, ficasse triste por não se sentir convidado”, afirmou.

D. Américo Aguiar agradece ao Estado Portugês e ao Governo de Portugal, às autarquias, nomeadamente de Lisboa e Loures, e admite que as mudanças nas eleições autárquicas de 2021 tiveram reflexos no percurso de preparação da jornada.

“A grande dificuldade não tem a ver com as pessoas, nem com os partidos. Tem a ver com a máquina. Ou seja, naqueles primeiros meses, quer de um lado, quer do outro, há novos protagonistas e novos responsáveis. A dinâmica e o conhecimento dos nomes e das pessoas e dos assuntos durante umas semanas ou meses não foi fácil. Por culpa de ninguém”, sublinhou.

O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 disse também que a polémica em torno dos custos do palco foi “a melhor e maior campanha de marketing da jornada no país”, admitindo que, hoje, “tudo vivido e tudo testemunhado” teria “concretizado um caminho diferente”, que na altura “foi impossível”.

“O mais sensível era a visibilidade do palco. Para ser mais visível, tinha de ser mais alto. Para ser mais alto, tinha de ser mais robusto. E a conjugação de todas as circunstâncias levou a que fosse mais baixo, menos robusto, menos largo, e com as menos-valias que também decorreram daí”, admitiu.

“Acabou por ser uma marca menos positiva de toda a história, de toda a narrativa, que eu lamento”, reconhece.

D. Américo Aguiar afirma que não se lembra dos dias anteriores à jornada, sobretudo da ocasião em que “já nada dependia” da organização, nem iria “mudar a rota”.

“Não há absolutamente possibilidade nem de travar, nem de acelerar, nem de mudar a rota. E, por isso, seja o que Deus quiser”, afirma.

Até ao dia 6 de agosto, a entrevista ao coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 vai recordar os dias dos eventos centrais, que ocorreram há um ano, e a história da respetiva preparação; a entrevista na íntegra vai ser publicada pela Paulus Editora.

PR

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Agência ECCLESIA

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