Arcebispo de Braga destacou o «servir e amar» e lembrou as «mãos do Peregrino», no dia litúrgico de São Tiago
Fátima, 25 jul 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade afirmou que “a Igreja em oração é uma Igreja em missão, peregrina de Esperança”, falando da Missa conclusiva do Encontro de Pastoral Litúrgica 2024.
“Hoje, sente-se cada vez mais a necessidade da arte da oração. A oração e especialmente a oração litúrgica, é a voz da esposa, a Igreja, ao Esposo, Jesus Cristo. Na liturgia, o mais importante é louvar a Deus”, disse D. José Cordeiro, na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima.
Na homilia da Missa conclusiva do 48.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, enviada à Agência ECCLESIA, o arcebispo de Braga salientou que “é insuficiente na oração a palavra”, porque para o diálogo “é absolutamente necessário a escuta”.
“Deus disse uma Palavra eterna – Jesus Cristo – a escuta no silêncio habitado pela Palavra eterna feita pessoa alegra o coração de quem reza”, acrescentou.
Na homilia, intitulada ‘Mãos do Peregrino’, o presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), conta que aprendeu que a concha ou vieira, característica do peregrino de Santiago de Compostela, “simboliza a mão, sinal do amor cristão e do serviço de fraternidade”.
“As mãos do peregrino servem os outros peregrinos nas obras de misericórdia e na caridade, curando as feridas, tomando a iniciativa e criando a proximidade. As mãos do peregrino são Páscoa cristã da indiferença à compaixão”, realçou, neste dia em que a Igreja Católica celebra a festa litúrgica de São Tiago, apóstolo.
D. José Cordeiro explicou que “só participando da Páscoa de Jesus Cristo, o coração pulsante da liturgia da Igreja”, se pode “bem servir e amar”, e afirma que “o mistério pascal celebra-se para a vida”.
“A Igreja em oração é uma Igreja em missão, peregrina de Esperança”, afirmou o responsável católico, na sua homilia, na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima.
‘A liturgia, escola de oração’ é o tema do Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica 2024, a 48.ª edição começou no dia 22 de julho, e termina esta quinta-feira, após a conferência ‘Feliz o povo que sabe aclamar-Vos: a aptidão simbólica’, do monge beneditino (OSB) brasileiro, padre Ruberval Monteiro da Silva, do Instituto Santo Anselmo (Roma), seguindo-se a sessão de encerramento e as vésperas no Centro Pastoral Paulo VI.
O Secretariado Nacional de Liturgia, que organiza o 48.º ENPL, propôs aos participantes várias conferências – Isabel Alçada Cardoso refletiu sobre o tema ‘A liturgia, Espiritualidade encarnada: da contemplação ao assombro’; o padre João Paulo Henriques, da Diocese de Aveiro, apresentou ‘Atitudes, gestos e movimentos: o corpo simbólico’; da Diocese do Porto, o padre João da Silva Peixoto, refletiu sobre ‘A formação litúrgica: tarefa permanente’; e fizeram também memória do padre José de Leão Cordeiro [1932-2024], no Salão do Bom Pastor, do Centro Pastoral Paulo VI (Fátima) – e momentos específicos de formação para padres; acólitos; leitores, catequistas, e músicos.
CB/OC