Igreja reprova constituição promovida pelo Presidente equatoriano

A Igreja Católica do Equador manifestou-se contra a constituição que o presidente social democrata Rafael Correa vai submeter a referendo, anunciou o Presidente da Conferência Episcopal, D. Antonio Arregui, considerando que o texto vai autorizar o aborto. Num comunicado os bispos consideram que o texto tem “pontos que não não são negociáveis. Não fazemos campanha pelo «não» ao referendo, mas há a obrigação à verdade”. Os bispos afirmam que esta é uma campanha pela paz e que eles estão “comprometidos com uma catequese sobre os fundamentos da vida”. O Presidente Rafael Correa afirma que “os bispos ultrapassam as suas funções”. Sobre a acusação de que esta seria uma constituição favorável ao aborto, o Presidente afirmou ser “falso, totalmente falso”. “O Estado vai garantir a vida desde a concepção”, acrescentando que “a família é composta por um homem e uma mulher”. Os bispos, reunidos para apreciar o projecto, asseguram que “não nos compete assumir uma atitude política, mas antes iluminar as consciências dos católicos com a doutrina do Evangelho para que tomem uma decisão responsável e em consciência, perante Deus e a sociedade”. Os bispos apreciam que o texto da Constituição “se centre na pessoa, entre fins sociais, económicos, nas área da educação e da família, com uma ênfase para a promoção dos pobres”. Aponta a Igreja que “se tratam de aspectos em que temos insistido”. Os bispos equatorianos estimam que a nova constituição, que tem boas hipótese de ser aprovada a 28 de Setembro, deixa uma porta aberta ao aborto, à união homosexual e dará ao Estado meios para regular a educação religiosa nas escolas. A 24 de Julho, a Assembleia constituinte do Equador aprovou por 94 votos, entre 126 votantes, a nova constituição do país, que será agora submetida a referendo.

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