Rota de Cister melhorada

A Rota de Cister vai ter o seu primeiro traçado de visitas concluído em 2010 incluindo todos os mosteiros portugueses ligados à antiga ordem religiosa, anunciou ontem fonte da Associação Anima Património (AP), de Arouca. A AP, que lidera o projecto, iniciou em 2007 a recolha do legado patrimonial cisterciense espalhado por Portugal, num levantamento que «será a base» do primeiro traçado da rota. Numa primeira fase, será estabelecido um «circuito visitável» à escala nacional, após o que cada localidade, em que exista um mosteiro ligado a Cister, criará um roteiro interno. «Os diferentes mosteiros cistercienses existentes são hoje testemunho vivo do espírito dinâmico dos monges e monjas, que moldaram as regiões onde se instalaram à sua imagem, trabalhando a terra e contribuindo para o seu desenvolvimento económico», disse à Lusa o presidente da Anima Património, Manuel Bastos. O primeiro passo para revitalizar a Rota de Cister foi dado em 2007 com a assinatura de um protocolo de colaboração envolvendo diferentes organismos, como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto, Câmara de Arouca e os mosteiros de Alcobaça e de São Cristóvão de Lafões. Manuel Bastos falava em Arouca à margem da cerimónia de abertura da quarta edição da iniciativa “Cister, Sabores e Saberes”, dinamizada pela Anima Património. O certame – a decorrer no mosteiro local – conta, como habitualmente, com a participação de representantes de espaços ligados às ordens beneditinas e cistercienses, alguns dos quais vindos de Espanha. Em 2007, a organização registou cerca de 12 mil visitantes, um número que espera ultrapassar este fim-de-semana. Debates, exposições temáticas, visitas guiadas, intervenções de comunidades religiosas e concertos integram o programa diário. O evento – que tem o apoio da autarquia local – inclui ainda espaços de fabrico e venda de doçaria, licores, ervas medicinais e vinhos da região. O Mosteiro de Santa Mafalda, em Arouca, foi remodelado entre os séculos XVII e XVIII precisamente pela Ordem de Cister. Em 1886, com a morte da última freira, foi extinto e todos os seus bens transitaram para a Fazenda Pública. De fundação pré-românica (século X) o convento, hoje monumento nacional, recebeu Carta de Couto no século XII. Com LUSA

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Agência ECCLESIA

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