Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé defende que EMRC «desempenha um papel importante nas escolas»
Fátima, 06 jul 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) destacou hoje, no Centro Catequético, em Fátima, que a Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) é para muitos jovens o único contacto que têm “com a dimensão da fé”.
“Para toda uma nova geração o contacto, muitas vezes o único que tem com a Igreja, com a ideia de Deus, com a fé é na escola com a disciplina de EMRC”, afirmou D. António Augusto Azevedo, adianta o Secretariado Nacional de Educação Cristã.
O responsável lembrou aos cerca de 50 responsáveis dos secretariados diocesanos de EMRC, reunidos para um encontro que avalia o ano escolar, que o papel das disciplina nas escolas não passa por levar “uma visão proselitista”, mas antes “apresentar o cristianismo, a novidade da fé”, para “permitir que os mais novos entrem em contacto, experimentem esta proposta em diálogo com as ciências, a cultura e a arte”.
D. António Augusto Azevedo alertou que, “por vezes, a própria Igreja anda desligada da importância da EMRC e da própria escola na formação dos mais novos”.
“Precisamos de revalorizar a escola e a presença dos professores de EMRC deve ajudar neste desejo”, referiu
Segundo o também bispo de Vila Real, este “é um tempo de viragem”, onde a escola “se encontra numa encruzilhada”, pedindo assim “um novo impulso”.
“O Papa fala-nos da ‘emergência educativa’ para nos despertar. Não podemos ficar na mera repetição e rotina. É importante que a EMRC contribua para a renovação da escola”, apelou.
Na intervenção, o presidente da CEECDF agradeceu o trabalho dos professores, secretariados diocesanos e Secretariado Nacional da Educação Cristã, partilhando a experiência como bispo diocesano. “Temos um grupo grande de professores apaixonados, qualificados e empenhados na sua missão”, assinalou, acrescentando que nas visitas que realiza, observa que “a EMRC desempenha um papel importante nas escolas onde está presente”. Sendo esta uma dinâmica que se pretende “sinodal”, o bispo incentivou a que se ganhe o hábito de “trabalhar em conjunto, provocando sinergias de modo que ninguém se sinta sozinho”. “Hoje temos de estar preparados para responder às inquietações e linguagens próprias desta geração. A pandemia marcou os adolescentes e é importante continuar o nosso trabalho de renovação de materiais para nos adequarmos ao hoje”, referiu. Os representantes da catequese das dioceses de Portugal estiveram também reunidos esta sexta-feira para avaliação do ano catequético. A aplicação do “Novo Itinerário de Iniciação à Vida Cristã”, os novos recursos para o setor, a “Semana Nacional da Educação Cristã 2025”, as “Jornadas Nacionais de Catequistas 2025”, de 19 a 20 de outubro, e o “Encontro Nacional de Catequese”, que decorre na Diocese de Angra, marcam a agenda de trabalhos. |
LJ