Bispo presidiu à Missa exequial na Paróquia de Baguim, em Gondomar
Porto, 05 jul 2024 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou na Missa Exequial do padre António Augusto Teixeira de Sousa que faziam o que é habitual, mas que “não deixa de ser sempre algo de novo” pela “profunda amizade” que os unia.
“Fazemos o que é habitual, mas não deixa de ser sempre algo de novo porque ditado pela profunda amizade que nos unia a ele. E quando se junta amizade e fé, acontece algo de absolutamente extraordinário”, disse D. Manuel Linda, na homilia, esta quinta-feira, na Paróquia de Baguim (Gondomar).
“Confortemo-nos”, pediu o bispo do Porto aos presentes, observando que estavam “dilacerados pela tristeza”, como Maria no Calvário, “aos pés do seu Filho morto”, e foi a Nossa Senhora que confiaram o padre António Augusto: “Para que Jesus cuide dele e a nós, nos dê o necessário conforto para prosseguirmos a jornada da vida e sermos fiéis à fé, à esperança e ao amor”.
O Evangelho proclamado na Missa Exequial do padre António Augusto refere-se ao episódio da ressurreição de Lázaro, “grande amigo de Jesus”, e a partir desta leitura acentuou quatro pontos: “diante da morte, Jesus fica em silêncio e comove-se; depois, chora; a seguir reza ao Pai; finalmente realiza gestos e profere palavras que trazem vida e ressurreição”.
“Também neste momento, nesta igreja de Baguim, em nome de Cristo, esta comunidade crente que se reuniu para confortar a família e os amigos e interceder pelo caríssimo P. António Augusto, repete estas atitudes de Cristo”, realçou o bispo diocesano.
O bispo do Porto, no final da homilia, recordou que conheceu o padre António Augusto no Curso de Capelães, quando foram “convocados para o serviço militar obrigatório”, mas, foi o funeral de um militar, na sua Paróquia de Forte da Casa, no Patriarcado de Lisboa, por 2014, que os “pôs mais em contacto”.
“Daqui a confiança mútuas que sempre nos uniu nesta última década. Confiança transformada em profunda amizade que nem a morte interromperá”, concluiu D. Manuel Linda, na homilia intitulada ‘O túmulo é berço para a plenitude da existência’.
O padre António Augusto Teixeira de Sousa, pároco de Lavra e Perafita, faleceu aos 71 anos, informou a Diocese do Porto no dia 1 de julho; as exéquias realizaram-se esta quinta-feira, na Paróquia de Lavra e na Paróquia de Baguim.
“Agradecemos ao Senhor esta vida assumida e doada, com todas as alegrias e tristezas e com tudo quanto concretizou ao longo destes quarenta e quatro anos de sacerdócio, alguns ao serviço de diversas paróquias da nossa diocese. E damos graças porque ele foi e procurou sempre ser para todos nós presença do amor de Deus”, assinalou a Diocese do Porto, na quarta-feira.
Numa nota publicada online, intitulada ‘Passou pelo meio de nós servindo’, destacam que a “disponibilidade” do bispo do Porto, D. Manuel Linda, para “acolher e escutar” o padre António Augusto foi “constante”, como a preocupação em “encontrar uma solução que permitisse percorrer caminhos de paz”.
“Foi esse amor à Igreja, a todos ao paroquianos e o desejo de encontrar a paz que o motivou ao diálogo e a convidar um sacerdote vizinho para ajudar à realização da festa do dia 11 de agosto. E só depois disso, com o seu conhecimento e na presença de paroquianos por ele indicados, se concretizou uma reunião onde foi comunicada a decisão. Ao contrário do que alguma comunicação anunciou, essa reunião não contou com a presença do Bispo diocesano ou do seu secretário”, explica.
A Diocese do Porto informa ainda que os cuidados pastorais das Paróquias de Lavra e de Perafita, onde estava o padre António Augusto Teixeira de Sousa, vão ser assumidos pelo padre Francisco Andrade, pároco de Leça da Palmeira, na nota publicada na sua página na internet, no dia 3 de julho.
CB/PR