Animar o mundo da música católica em Portugal

Diocese da Guarda juntou vontades e fez nascer no meio da Serra um festival de música de inspiração cristã No ano 2000 o bispo da diocese da Guarda, na altura, D. António dos Santos, nomeia responsável da pastoral juvenil na diocese o padre Jorge Castela. Considerados os objectivos e necessidades, depressa se juntou ao padre Jorge uma equipa alargada de jovens e um grupo de amigos ligados à música. Reunir jovens e agentes de pastoral que se pudessem dedicar inteira e gratuitamente aos jovens da diocese era o objectivo da equipa alargada, e apoiar as actividades da Pastoral Juvenil com muita animação e alegria contagiante era o objectivo do grupo de amigos músicos. No seio deste grupo rapidamente começaram a nascer originais, composições interessantes, concertos e o grupo deixa de ser apenas o grupo que apoia para ser o grupo que cria, que congrega os jovens, que os anima e os arrasta. Ainda não haviam passado três anos da sua constituição e já a banda Jota, nome com que se “baptizou” sente-se na obrigação de gravar os seus temas originais a pedido do seu público entusiasta que começara a espalhar pelo país o seu tema mais conhecido, [a]braços. Entretanto e ao mesmo tempo, o grupo de pastoral juvenil que passou a designar-se DPJG encontra duas frentes a trabalhar com os jovens egitanienses: a evangelização de primeiro anúncio e a evangelização de aprofundamento e compromisso. Para a segunda inventa e reinventa sobretudo acções de formação, cursos de animadores, retiros, laços de oração, Assembleia de grupo, encontros temáticos com os jovens, um projecto denominado de TAJ, entre outros. Para a primeira, cria espaços de grandes encontros como o Dia Diocesano da Juventude que tem percorrido as maiores cidades da diocese e aceita, sobretudo através da banda Jota, animar encontros juvenis. Mas faltava qualquer coisa. A Banda Jota ia dando os seus concertos pelo país e ia igualmente sentindo a necessidade de fazer algo mais pela música de inspiração cristã no nosso país. Faziam-se conhecimentos. Outros artistas ou bandas, mas um trabalho disperso, pouco enredado e consolidado. Igualmente se sentia o gosto e apetecia dos jovens para acolher a mensagem de Jesus através deste meio. Em 2004, salvo erro, na época em que a nível nacional se estrutura o CNPJ (Conselho Nacional da Pastoral Juvenil) que congrega os serviços diocesanos de pastoral juvenil, movimentos e congregações de trabalho específico com jovens, começa a surgir a ideia de um encontro de verão para jovens, ao jeito de Jornadas nacionais. As discussões em torno deste desejo apareciam em várias reuniões desse Conselho, mas não se tornava fácil a sua concretização. Assim, em 2007 a diocese da Guarda decide dar um passo em frente. Reunia as condições necessárias: conhecia o mundo da música católica em Portugal, sabia da necessidade de promover este estilo musical no país, sabia que os jovens podiam ter uma experiência interessante de muita animação, aventura, oração, reflexão e evangelização pura no meio das paisagens maravilhosas da maior Serra do país, a Serra da Estrela. Sabia que podia contar com os restantes serviços diocesanos de pastoral juvenil, com o apoio de vários parceiros e o seu próprio bispo que desde o primeiro momento incentivou a iniciativa. E assim fez nascer e brotar no meio da Serra, num santuário chamado de Senhora das Dores, o festival de música de inspiração cristã. Ficou com o nome de Jota não apenas porque esse fosse o mesmo nome da banda Jota, mas porque queriam cumprir com ele os mesmos objectivos pelos quais deram este nome à banda, unir Jesus, e o seu nome tem a inicial J (jota), e os jovens, cuja palavra também se inicia com um J (jota). Este segundo ano e segunda edição do festival tem muitas novidades e arrasta consigo mais parceiros, novos artistas, novas actividades, novas vontades. Uma delas prende-se com encontrar definitivamente quem acredite neste projecto e o apoie financeiramente, algo que se está a tornar cada vez mais imprescindível para o concretizar. Uma outra, ainda mais importante, é a de abrir ainda mais o festival Jota… quem sabe, a outros espaços e vontades… Pe. Jorge Castela

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