O novo modelo da Escola Católica

“As Escolas Católicas não são independentes das políticas de educação dos governos e das instâncias internacionais e europeias” – sublinhou Gilbert Caffin, representante do C.E.E.C. (Comité Européen d´Éducation Catholique), I Congresso Nacional da Escola Católica, a realizar, em Fátima, de 13 a 15 de Novembro, e subordinado ao tema “Escola Católica – Proposta e desafio”. Na sua intervenção, este representante do CEEC no Conselho da Europa, há mais de vinte anos, disse também às oito centenas de participantes que é tempo de “abrir a Escola Católica a uma concepção mais alargada de escola de inspiração cristã, rica de todas as tradições”. E adianta: “Construir uma grande cadeia ecuménica, entre os educadores”. Na nova Europa, os educadores cristãos terão a tarefa notável “de se transportarem ao coração da nossa herança”. Só assim poderão ajudar a “humanidade a superar este momento de crise da história humana”. É a aplicação dos valores, apesar de Gilbert Caffin referir que esta palavra “está demasiado banalizada”. Quando não se sabe “o que dizer invocam-se os valores para tapar lacunas da nossa falta de convicções educativas”. O problema reside no reencontro das fontes da “herança cultural europeia que, ao longo dos séculos, construiu uma visão comum da humanidade”. Aos educadores católicas presentes no auditório do Centro Paulo VI, em Fátima, Gilbert Caffin deixou algumas questões pertinentes: “Como dominar os conteúdos técnicos e, ao mesmo tempo, compreender a economia do ponto de vista humano?”; “Como harmonizar as duas finalidades da educação – desenvolvimento integral e aperfeiçoamento de competências?” e “Como despertar para a interioridade e para a dimensão espiritual?” As perguntas não tiveram resposta mas deixou uma frase de Pfimlin, no hemiciclo do Palácio da Europa: “agora é tempo de construir a Europa com base nas forças do espírito” – finalizou o orador. Notícias relacionadas • A situação da Escola Católica na Europa

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