Bento XVI encontrou-se com jovens em recuperação de dependências

Bento XVI encontrou-se esta Sexta-feira com um grupo de jovens que tentam sair de dependências, da Comunidade de recuperação da Universidade de Notre Dame, a quem alertou contra os “falsos ídolos da actualidade”. “O culto dos bens materiais, o culto do amor possessivo e o culto do poder levam muitas vezes as pessoas a «comportar-se como se fossem Deus»: procurar assumir o controlo total, sem ter qualquer consideração pela sabedoria ou pelos mandamentos que Deus nos deu a conhecer”, alertou. O Papa disse que “as pessoas adoram «outros deuses» sem dar por isso. Os falsos «deuses» – independentemente do nome, da imagem ou da forma que lhes atribuamos – estão quase sempre ligados à adoração de três realidades: os bens materiais, o amor possessivo, o poder”. “Quantas vozes se levantam na nossa sociedade materialista dizendo-nos que a felicidade se encontra dotando-se da maior quantidade possível de bens e de objectos de luxo! Mas isto significa transformar os bens em falsas divindades. Em vez de nos trazer a vida, levam-nos à morte”, lamentou. Bento XVI disse também que “as pessoas, muitas vezes, pensam que estão a amar, quando na realidade procuram possuir ou manipular o outro. Por vezes tratam-se os outros mais como objectos para satisfazer as próprias necessidades do que como pessoas que se devem prezar e amar. Isto é adorar uma falsa divindade. Em vez de nos trazer a vida, leva-nos à morte”. No seu discurso, o Papa alertou ainda contra “a tentação de agarrar-se ao poder por si mesmo, de procurar dominar os outros ou explorar o ambiente natural para os próprios interesses egoístas! Isto é transformar o poder numa falsa divindade. Em vez de nos trazer a vida, leva-nos à morte”. Aos presentes, Bento XVI destacou que “a decisão de abusar de droga ou álcool, de entrar em actividades criminosas ou autolesivas” apareceu “como um caminho para sair duma situação de dificuldade ou de confusão”. “Agora sabeis que, em vez de trazer a vida, levou à morte. Reconheço de bom grado a coragem demonstrada quando decidistes regressar ao caminho da vida”, acrescentou. Em conclusão, o Papa afirmou que “amar é aquilo para que estamos programados, aquilo para que fomos projectados pelo Criador. Naturalmente não estou a falar de relações passageiras, superficiais; falo do verdadeiro amor, que é o cerne da doutrina moral de Jesus”.

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