Igrejas cristãs no Zimbabué rejeitam vitória de Mugabe

A comunidade cristã no Zimbabué rejeitou a reeleição do presidente Robert Mugabe, por considerá-la ofuscada pela violência e pela intimidação, expressando o seu apoio aos esforços para formar um governo de unidade nacional. Em comunicado divulgado ontem, as Igrejas afirmam que a disputa entre Mugabe e o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, foi marcada pela “pior violência desde a independência, em 1980”. “Nós, Igrejas do Zimbabué, apoiamos todos os esforços que resultem numa transição e, posteriormente, num governo de unidade nacional, para restabelecer a paz, a estabilidade e a reconciliação dentro da nação”, afirmam. Mugabe, de 84 anos, que está no poder desde o fim do domínio britânico, culpa a oposição pela violência. As Igrejas cristãs denunciam que a população foi objecto das formas mais traumáticas de violência, que incluíram tortura, assassinato, sequestros, deslocamentos e traumas psicológicos. “Com base na realidade das condições que prevalecem no país, a nossa conclusão é que o desejo do povo de Zimbabué não encontrou uma expressão autêntica durante essas eleições”, afirma a nota.

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