«No início da celebração também ser-me-á imposto o Pálio de Metropolita», anuncia D. Rui Valério
Lisboa, 21 jun 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa convoca “todos” na diocese – sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e fiéis leigos – para “estarem presentes” na Missa de Ordenação dos seus novos bispos auxiliares, no dia 21 de julho, às 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos.
“Conto com a presença de todos para este momento raro da Ordenação Episcopal de dois presbíteros. O primeiro registo de ocasião semelhante de ordenação simultânea de dois Bispos em Lisboa remete para o ano de 1931”, escreve D. Rui Valério, numa carta ao clero e às comunidades cristãs do Patriarcado de Lisboa, enviada hoje, 21 de junho, à Agência ECCLESIA.
Os novos bispos auxiliares de Lisboa – D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma – foram nomeados pelo Papa Francisco no dia 14 de junho, e vão ser ordenados no dia 21 de julho (domingo), às 16h00, na igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos.
“Damos graças a Deus pelo dom destes pastores para a nossa amada Diocese de Lisboa e agradecemos ao Santo Padre a atenção e cuidado que dedica a esta porção do Povo de Deus”, assinala o patriarca de Lisboa, que convoca “todos – sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e fiéis leigos – para estarem presentes” nesta Missa de ordenação.
D. Rui Valério, que recorda na sua carta que foi ordenado bispo juntamente com o “D. Daniel Batalha Henriques, de feliz e grata memória”, em 2018, explica que uma ordenação episcopal “é sempre um momento de renovar a consciência do mistério da Igreja” e do que são como Igreja.
“O Senhor escolhe estes homens concretos para os consagrar, não em função de si próprios, mas em função do rebanho do Senhor. Por isso, as suas reconhecidas qualidades humanas, intelectuais e espirituais são totalmente orientadas para a vida do nosso Patriarcado de Lisboa”, desenvolveu.
D. Nuno Isidro Nunes Cordeiro, de 59 anos, é vigário-geral do Patriarcado de Lisboa, desde 2011, e diretor espiritual do Seminário dos Olivais desde 2017, além de membro nato do Conselho Presbiteral.
D. Alexandre Coutinho Lopes de Brito Palma, de 45 anos, tinha sido nomeado a 31 de maio como presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.
Os novos bispos auxiliares passam a integrar a equipa episcopal de Lisboa com o patriarca, D. Rui Valério, e D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar.
Na carta ao clero e às comunidades cristãs do Patriarcado de Lisboa, D. Rui Valério anuncia também que, no início da celebração de ordenação dos novos bispos auxiliares, ser-lhe-á “imposto o Pálio de Metropolita” – insígnia litúrgica de honra e jurisdição da Igreja Católica -, que vai receber “das mãos do Santo Padre no dia 29 de junho”, na solenidade litúrgica de São Pedro e São Paulo.
“O Pálio pode ser símbolo da ovelha perdida que o Bom Pastor coloca aos ombros e reconduz aos caminhos do Senhor. Também este gesto será sinal para renovarmos a consciência de que Jesus é o Pastor que conduz a Igreja”, destaca o patriarca de Lisboa. A faixa de lã branca, com seis cruzes negras de seda, é abençoada anualmente pelo Papa Francisco no Vaticano, a 29 de junho, no dia dos padroeiros de Roma, São Pedro e São Paulo. Em 2015, Francisco decidiu modificar a celebração de entrega dos pálios aos novos arcebispos metropolitas, deixando de impor esta insígnia no Vaticano, uma tarefa agora confiada aos núncios apostólicos. O pálio é envergado pelos arcebispos metropolitas nas suas dioceses e nas da sua província eclesiástica. Este sistema administrativo veio da divisão civil do Império Romano, depois da paz de Constantino (313); em Portugal há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora. D. Rui Valério foi nomeado por Francisco a 10 de agosto de 2023, sucedendo no cargo a D. Manuel Clemente, que apresentou a sua renúncia ao Papa, após ter atingido o limite de idade (75 anos) determinado pelo Direito Canónico para o exercício do ministério. |
CB
Lisboa: Papa nomeia D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma como bispos auxiliares