Artista Teresa Salgueiro e Banda do Exército – Destacamento do Porto participaram na celebração
Porto, 19 jun 2024 (Ecclesia) – Um espetáculo no coliseu do Porto assinalou esta segunda-feira os 70 anos da criação do ‘Calvário’, em Beire, Paredes (Diocese doi Porto), uma casa que responde a doentes incuráveis que não têm apoio familiar, criada pelo Padre Américo.
A artista Teresa Salgueiro e a Banda do Exército – Destacamento do Porto protagonizaram o espetáculo, organizado por um grupo de Amigos do Calvário, juntamente com a Obra de Rua.
“Chegou a hora de dar a notícia de uma Obra que há muito trazemos no peito, a saber: um abrigo onde possam morrer cristãmente legiões de inválidos sem morada certa. Vai-se-lhe dar o nome de Calvário. O Calvário! É um nome tirado do Evangelho. É o resumo de toda a economia da Redenção. Fazem hoje falta no mundo estes nomes, estas ideias, estas Obras humanas de sabor divino”, anunciou o Padre Américo há 70 anos, recorda o jornal diocesano Voz Portucalense.
Segundo o padre José Alfredo, responsável pelo ‘Calvário’ e a casa do Gaiato de Beire, a instituição tem promovido mudanças na gestão do espaço dedicado a doentes e pessoas com deficiências.
“Temos feito um esforço de evolução para nos atualizarmos com o que a sociedade contemporânea define como meios de acolhimento de doentes e também procuramos não perder o carisma do Calvário: uma comunidade familiar onde o Evangelho é a chave de leitura da redenção e a vida concreta de cada um o desafio quotidiano”, referiu.
Nascido em Galegos, Penafiel, a 23 de outubro de 1887, Américo Monteiro de Aguiar, conhecido como Padre Américo, instituiu a Obra da Rua em janeiro de 1940, com a fundação da primeira Casa do Gaiato.
Uma das figuras mais conhecidas da Igreja Católica em Portugal dedicou sua vida aos mais pobres, especialmente os jovens em risco, acolhidos nas Casas do Gaiato, e aos doentes incuráveis.
O sacerdote faleceu no Hospital de Santo António, Porto, a 16 de julho de 1956, aos 68 anos, e o seu processo de beatificação foi introduzido em 1986.
A canonização, ato reservado ao Papa, é a confirmação por parte da Igreja de que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
LJ/OC
Porto: Coliseu recebe celebração dos 70 anos de criação do «Calvário», pelo Padre Américo