A Sé de Aveiro abre ao culto no próximo dia 27. Durante quatro meses os cidadãos de Aveiro e muitos turistas encontraram a porta do adro da igreja fechada para um intervenção de reforço da estrutura e ampliação da sacristia. Um edifício do século XV, considerado monumento de interesse público, que não conhecia obras desde a década de 70. A Sé de Aveiro tinha já problemas de infiltrações e contava com uma instalação eléctrica antiga. Durante os quatro meses que duraram as obras de recuperação da Sé de Aveiro, os paroquianos dividiram-se por outras igrejas para as celebrações litúrgicas. Este será “um reencontro e será com esse intuito que queremos organizar a celebração”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel João Araújo, pároco da Glória. Algumas celebrações foram inclusivamente “anuladas” para congregar a população para a eucaristia de reabertura da Sé. A Sé de Aveiro é um marco para residentes e turistas. O Pe. Manuel João Araújo explica que fechar uma igreja por quatro meses “é um risco grande”. Muitos são os turistas que passam pela Sé e “ver o adro de porta fechada é um desalento”. As obras da Sé de Aveiro tiveram o seu início em Novembro de 2007, mas esteve aberta até à Páscoa. Encerrada para o culto esteve quatro meses. No próximo dia 27 a Sé acolhe uma celebração eucarística, presidida pelo Bispo diocesano, D. António Francisco dos Santos. “Vamos embelezá-la para que quem chegue se sinta bem acolhido. Será uma cerimónia simples”, explica o pároco. Apesar de em tempo de férias o pároco da Glória espera que as pessoas apareçam em grande número. “A curiosidade é grande para ver o resultado depois das obras. As pessoas estão ansiosas por voltar”, explica. A igreja não sofreu alterações arquitectónicas, “salvo pequenas coisas”. Para além de uma renovação do aspecto exterior do edifício com pinturas e reboco da torre, houve necessidade de colocar um novo telhado, reforçar com 20 toneladas de ferro a cúpula, fazer o reforço térmico do edifício, pintar o interior, renovar a instalação eléctrica e aumentar a sacristia e fazer o antigo aproveitamento das salas de catequese, criando um espaço multifuncional, que pode ser aproveitado para reuniões ou exposições. O Pe. Manuel João Araújo explica que “é agora uma igreja mais confortável, sem humidade”. O pároco explica que ao longo da obra “fomos dando notícias sobre o seu desenvolvimento”. Recentemente os paroquianos receberam uma carta convidando para a cerimónia de reabertura e apelando ao contributo para colmatar a dívida da obra que ronda ainda os 70 mil euros. O ofertório da Eucaristia será solene “onde pedimos às pessoas para ser generosas”. No entanto o pároco reconhece a generosidade dos cidadãos de Aveiro. “As pessoas já colaboraram muito pois a obra estava orçada em 500 mil euros”. Foto: Paróquia da Glória