Jesuitas abrem Centro de acolhimento para imigrantes

Nova casa no Porto quer ser resposta para o acolhimento temporário e o atendimento regular O Centro Comunitário S. Cirilo abriu ontem as portas, numa pré-inauguração. Um projecto dos jesuítas concebido há anos atrás que quer ser resposta, na diocese do Porto, às dificuldades que os imigrantes enfrentam em Portugal. O Centro apresenta duas vertentes. Vários quartos permitem dar resposta para um acolhimento temporário para casais e pessoas individuais, num total de cerca de 20 pessoas. A previsão é que o acolhimento seja de cerca de três meses de forma a que as pessoas possam reorganizar a sua vida. Outra valência é o atendimento regular, em diferentes áreas, tanto para os residentes, como para quem necessite de aconselhamento. Apesar de São Cirilo ser o apóstolo dos Eslavos, o objectivo não é “acolher apenas cidadãos vindos da Europa de Leste”, explica à Agência ECCLESIA o o Pe. Vaz Pinto, Superior da comunidade jesuíta do Porto. Todos que necessitem serão bem vindos, “inclusivamente portugueses em situação de carência ou risco”. Com semelhanças à resposta em Lisboa do Serviço Jesuíta aos Refugiados, o Superior da Comunidade do Porto explica que “são duas histórias diferentes”. O Pe. Vaz Pinto indica estarem destinados a trabalhar com imigrantes, mas abertos a todos, uma vez que as dificuldades são comuns. A comunidade do Porto desenvolvia já “um trabalho muito bom no campo pastoral e espiritual”, tanto na Igreja Nossa Senhora de Fátima, como no Centro Universitário. Mas “faltava a justiça e a interculturalidade”, aponta o Superior. A vocação da companhia de Jesus, redefinida, aponta para “o serviço da fé e a promoção da justiça na interculturalidade”. O Pe. Vaz Pinto aponta uma grande lacuna na área da justiça no Porto e, particularmente, no apoio aos refugiados. O Centro Comunitário S. Cirilo é uma resposta mais na procura de soluções que a crise social vai agudizando. Recentemente D. Manuel Clemente indicou ser necessário alargar as respostas que as instituições da Igreja prestam aos mais carenciados, nomeadamente te através da Caritas Diocesana e da Obra Diocesana de Promoção Social. Esta valência dos Jesuítas será mais um parceiro social numa rede constituída entre a Segurança Social e a própria Diocese do Porto. O Superior da Comunidade do Porto dá conta de um agudizar de problemas e carências, que os jesuítas acompanham de perto. O Centro Comunitário S. Cirilo estará em pleno funcionamento a partir de Setembro.

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