10 meses após a sua nomeação, D. Rui Valério assume necessidade de «equipa completa de bispos auxiliares»
Lisboa, 12 jun 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa desejou que o saldo positivo de 35,37 milhões de euros da Fundação JMJ Lisboa 2023, no final do último ano, ajuda a instituição a ser um “motor de promoção integral”, ao serviço das crianças e jovens.
“O dinheiro da JMJ é dos jovens e, portanto, é para as suas iniciativas, é para projetos que contemplem promoção seja no âmbito educativo, cultural, até social, dos jovens e infância”, disse D. Rui Valério, em entrevista à Agência ECCLESIA.
Questionado sobre as opções de investimento, para o montante que resultou da JMJ 2023, o responsável católico sublinhou a necessidade de respeitar “integralmente aquilo que são os critérios rigorosos do Papa Francisco e, ainda mais contundentemente, do próprio Evangelho, naturalmente”.
Nesse sentido, D. Rui Valério quis excluir qualquer “contexto belicista” nestes investimentos, destacando que a fundação e a sua direção, agora presidida pelo cónego Alexandre Palma, “têm uma autonomia que vai ser respeitada”.
O patriarca de Lisboa considera que o sucessor de D. Américo Aguiar na liderança da Fundação JMJ Lisboa 2023 possui amplo conhecimento da “Economia de Francisco”, que inclui “critérios de verdade, de autenticidade e, sobretudo, de promoção da dignidade humana, de todo o ser humano”.
O padre Alexandre Palma, de 45 anos, vai iniciar funções a partir do próximo mês de julho, cabendo-lhe constituir a sua direção.
10 meses após a sua nomeação como patriarca de Lisboa, pelo Papa Francisco, D. Rui Valério afirma que tem vivido esta nova missão com “disponibilidade total para servir”.
“É verdade que os problemas são infinitos quase, mas também o são a bênção e a graça das soluções que nos vão proporcionando tanto a Igreja como sociedade civil”, refere.
O responsável mantém o cargo de administrador apostólico da Diocese das Forças Armadas e de Segurança, pelo que assume estar a viver meses “intensos”.
Em Lisboa, acrescenta, a missão tem sido desenvolvida “sem uma equipa completa de bispos auxiliares”, pelo que o patriarca espera a “ajuda” de Santo António para contar com novos colaboradores.
“As comunidades estão habituadas a uma cultura de uma proximidade. O bispo faz parte, o que é muito bom, porque significa que é uma forma indireta de prosseguir na chamada sinodalidade”, indicou.
A entrevista, emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2) abordou a festa de Santo António de Lisboa, a que D. Rui Valério preside pela primeira vez como patriarca, e aos problemas de habitação na cidade, entre outros temas.
HM/OC