Timor: esquecer o massacre de Santa Cruz

“Foi um pequeno contributo, no quadro da mobilização crescente em Portugal, com a causa de autodeterminação de Povo de Timor” – disse à Agência ECCLESIA Rui Marques, presidente da «Associação 12 de Novembro» que celebra hoje o seu aniversário. Esta associação nasceu em 1992 depois da iniciativa do “Lusitânia Expresso” – sublinhou. Depois do “horrível massacre” do cemitério de Santa Cruz, em Timor, o que “importa recordar é que valeu a pena este esforço” porque foi possível “atingir aquilo que parecia uma utopia”. A libertação de Timor do jugo da Indonésia deve-se sobretudo “aos timorenses” visto que foram eles “que suportaram, anos e anos, toda a luta”, quando Timor ainda não era tema internacional. De 1975 a 1989 “tivemos um silêncio total” mas “eles resistiram heroicamente” – disse Rui Marques. As alterações surgiram na década “mediática” (1989/99) e o caminho teve “o sucesso em 1999”. E adianta: “o grande obreiro desta libertação é o povo de Timor”. Um aniversário sem comemorações especiais porque “é um tempo de começarmos a virar a página”. A memória do 12 de Novembro “deve ser guardada silenciosamente” mas “para Timor é tempo de olhar para o futuro” e saber “honrar a memória daquelas pessoas”. Actualmente, a Associação está numa fase “muito menos activa” porque, desde 1999, o objectivo principal “está conseguido” apesar dos três anos seguintes termos “apostado na construção, em Dili, do Centro Juvenil Pe. António Vieira” – finalizou.

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