Trabalhos desenvolvem contributos enviados pelas conferências episcopais dos cinco continentes
Cidade do Vaticano, 05 jun 2024 (Ecclesia) – A Santa Sé anunciou hoje o início dos trabalhos para a redação do instrumento de trabalho (instrumentum laboris) para a segunda sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que vai decorrer em outubro.
Segundo nota enviada à Agência ECCLESIA, “cerca de vinte teólogos de todo o mundo chegaram a Roma para dar início ao trabalho do instrumentum laboris”, que desenvolve os contributos enviados pelas conferências episcopais dos cinco continentes, nos últimos meses.
Em dezembro de 2023, a Secretaria Geral do Sínodo pediu às várias dioceses que aprofundassem “alguns aspetos do relatório síntese” da primeira sessão (outubro de 2023), que são “fundamentais para o tema do Sínodo”, partindo de uma pergunta orientadora de todo o processo sinodal: “Como ser uma Igreja sinodal em missão?”.
“Estou particularmente impressionado ao ver o envolvimento de toda a comunidade da Igreja nesse longo processo de discernimento”, disse o cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo.
Além das reflexões decorrentes do trabalho sobre o relatório síntese da primeira sessão, o material recebido frequentemente acrescenta testemunhos reais sobre como as Igrejas particulares não apenas entendem a sinodalidade, mas já a estão a colocar em prática. A Igreja sinodal não é um sonho a ser realizado, mas já é uma realidade viva que gera criatividade e novos modelos relacionais dentro da mesma comunidade local ou entre diferentes igrejas ou grupos de igrejas”.
A Secretaria Geral do Sínodo também recebeu contributos da USG-UISG, a união dos superiores gerais de institutos religiosos, masculinos e femininos, e “comentários de realidades internacionais, faculdades universitárias, associações de fiéis ou de comunidades singulares e indivíduos”.
“Outra fonte significativa de reflexão serão as reflexões apresentadas pelos párocos durante a sessão de trabalho de três dias da recente reunião dos Párocos para o Sínodo”, que decorreu de 29 de abril a 2 de maio.
Desde terça-feira, um grupo de teólogos, especialistas de várias disciplinas está a analisar todo esse material.
“Não estamos a deixar nada ao acaso. Cada documento será lido cuidadosamente com o objetivo de propor um texto no final do processo que reflita o trabalho, as perguntas e as intuições recebidas das bases”, diz o cardeal Grech.
O padre Giacomo Costa, secretário especial da XVI assembleia sinodal, precisa que este trabalho visa “realizar uma análise inicial dos relatórios e das boas práticas implementadas pelas comunidades locais, e um discernimento em comum sobre as questões e as reflexões teológicas”.
O trabalho desta equipa internacional decorre até 13 de junho.
O processo de redação do ‘instrumentum laboris’ vai passar pelo Conselho Ordinário do Sínodo dos Bispos, até se apresentado ao Papa, para aprovação final; espera-se que o texto seja publicado “nos primeiros dez dias de julho”.
A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 2 a 27 de outubro de 2024.
A CEP está representada na assembleia sinodal por D. José Ornelas, presidente da CEP, e D. Virgílio Antunes, vice-presidente do organismo.
O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.
OC