Presidente da Caritas pede ao poder político «atenção cuidada» às empresas de crédito fácil

O presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, pediu hoje ao poder político “uma atenção cuidada” às instituições financeiras que facilitam o crédito a troco de juros muito elevados, alertando que fomentam uma “forma encapotada de empobrecimento”. “Peço ao poder político que preste uma atenção cuidada a novas formas de empobrecimento encapotadas como são aquelas empresas de crédito fácil com juros muito elevados que acabam por produzir aquilo a que se pode chamar os `pobres a crédito´”, afirmou. O responsável falava à Agência Lusa no final de uma reunião com uma delegação do CDS-PP que incluiu o líder, Paulo Portas, e o presidente da bancada parlamentar, Diogo Feio, no âmbito de um conjunto de visitas que aquele partido está a realizar com o tema `Estado da Nação´. O presidente da Caritas Portuguesa defendeu que o Banco de Portugal ou as entidades reguladoras “poderiam acompanhar de mais perto” os regulamentos de acesso aos “créditos fáceis”. “São as tais letras pequeninas. O que se pode fazer é uma regulação do mercado mais exigente, para além de haver a necessidade de formação e educação sobre o consumo”, defendeu. Eugénio Fonseca alertou que os grupos que estão a empobrecer rapidamente por terem recorrido àquele tipo de créditos “são as famílias das classes médias baixas” que “muitas vezes não têm capacidade ou formação que lhes permita perceber” o nível de endividamento a que vão sujeitar-se ao assinar sem ler “as letras pequeninas”. Redacção/Lusa

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