Vaticano: Papa pede desculpa e rejeita intenção de «ofender ou de se exprimir em termos homofóbicos»

Nota responde a polémicas após encontro privado com bispos da Conferência Episcopal Italiana

Encontro do Papa com os bispos da CEI, 20.05.2024
Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 28 mai 2024 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano respondeu a polémicas sobre uma expressão que o Papa teria usado, num encontro privado com bispos da Conferência Episcopal Italiana (CEI), com um pedido de desculpas de Francisco.

“O Papa nunca teve a intenção de ofender ou de se exprimir em termos homofóbicos e apresenta as suas desculpas a todos aqueles que se sentiram ofendidos pela utilização de um termo, referido por outros”, indica Matteo Bruni, em nota enviado aos jornalistas, esta tarde.

O comunicado, de dois parágrafos, assume que Francisco teve conhecimento dos artigos surgidos a respeito da “conversa, à porta fechada”, com os bispos da CEI, na última semana.

O porta-voz do Vaticano recorda o que o Papa disse na cerimónia de acolhimento da JMJ 2023, em Lisboa: “Na Igreja há lugar para todos, para todos! Ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há lugar para todos. Tal como nós somos, todos”.

A polémica surgiu depois de sites e meios de comunicação italianos terem citado pessoas presentes no encontro com a CEI, segundo as quais Francisco teria usado uma expressão depreciativa, em italiano, para indicar a sua posição contrária à admissão de pessoas homossexuais nos seminários.

As reuniões do Papa com membros das conferências episcopais decorrem em privado, sem discursos formais, à imagem do que aconteceu na última sexta-feira, com os membros da CEP, no final da sua visita ‘Ad Limina’.

As intervenções de Francisco nestes encontros não são divulgadas pelo Vaticano, que se limita a apresentar uma síntese dos temas abordados.

A abertura da 79ª Assembleia Geral da CEI aconteceu a 20 de maio, com uma conversa de cerca de hora e meia, apresentada pelo portal ‘Vatican News’, segundo o qual o encontro abordou a situação dos seminários e a crise vocacional na Itália, entre outras questões.

OC

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Agência ECCLESIA

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